sábado, 6 de fevereiro de 2021

O CAVALEIRO ANDANTE - parte 4

diz: “Vou usar a tua cor”.

Ela, plebeia, não sabe dessas finuras

viveu todas as amarguras

mas tem bom senso

e uma bela intuição

abre-lhe agora o coração

e diz: “Aqui tens um peito amigo

faz de mim teu abrigo

dorme esta noite comigo”.

Ele não pregou o olho um segundo

não reclamou do duro chão

nem do frio malvadeza

mas desfrutou com certeza

daquela respiração mansa

com sopro leve de criança

como brisa de esperança.

Sua perna sobre a dele não pesava

quase nada

e como que aliviava

o peso da roupa fria

que há tanto o aprisionava.

Agora, sob o corpo dela, era livre.

Estava preso por vontade.

No outro dia, a donzela

disse que a vontade dela

era viver sem compromisso . . .

Continua amanhã.

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