sábado, 26 de janeiro de 2013

O AMANTE DA RAINHA e LIVROS NA MESA



       Sábado é dia de irmos ao Clube do Professor, inciativa do Unibanco, agora sob responsabilidade do Itaú. Sempre com um filme bom no período da manhã. Aqui no Rio começa às 11 horas, em São Paulo deve ser às 10 horas, não me lembro bem. Hoje pudemos ver O AMANTE DA RAINHA, filme que retrata o período do Iluminismo, século XVIII. Uma verdadeira obra de arte com fotografia belíssima, atores perfeitos e nada que possa falar mal: figurinos, cenários, direção, iluminação, tudo perfeito.
       Às 15 horas aconteceu o evento LIVROS NA MESA, na Estação das Letras, Flamengo, mas não pude ficar por causa de outros compromissos. Deixei, no entanto, vários livros meus para serem distribuídos graciosamente a quem participasse. A finalidade do evento foi homenagear o poetinha Vinícius de Moraes.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

POEMA DA SEPARAÇÃO

Melhor Assim

Você me olhou, eu a desejei,
você me disse "oi", eu quis tocar
você me deu a mão, eu quis beijar
você me beijou e eu a quis pra sempre.
Ficamos juntos formando um casal,
tudo lindo, tudo felicidade,
mas de repente um acaso do destino
talvez não quisesse que continuássemos
unidos e tudo acabou.

Será que foi melhor assim?
Não sei, sinto que
poderia ser melhor
se você estivesse aqui comigo.
Seria melhor assim?

− Não sei, estou confusa,
   quero ficar só.
− Será melhor assim?

Foi.
  

Nova mudança, não de cara, que continua a mesma, mas de endereço. Saio do Rio agora, final de janeiro, e mudo para Arraial do Cabo. Vida nova, novos amigos. 

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

ARRESOLVIDO E CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS

O CCBB está de parabéns pelo II festival de contação de histórias, tudo que pude ver sábado e ontem, domingo, estava muito bom. Fiquei triste porque não cheguei a tempo de ver o trabalho de José Mauro Brant, mas espero ter a sorte de ver em outra ocasião. Depois de ver "Mulher é outra coisa" com a bela e encantadora Tatiana Henrique, pude assistir ao grupo Confabulando, e na maior naturalidade Ana e Maria Clara me transportaram para minha vida no interior com seus modos simples, tranquilos, mas exatos e expressivos. Me senti no meio de minhas primas e tias à beira do fogão de lenha contando causos. Foi muito bom, e, para completar, encerrei o domingo vendo ARRESOLVIDO, divertindo-me muito, rindo bastante e me apaixonando pela feliz coincidência de um texto que cai na mão do diretor certo e de um grupo de atores maravilhosos, perfeitos. Fui para casa em estado de graça e com uma pontinha de inveja-admiração, só pensando, "Ah! Como eu ainda quero fazer um trabalho assim!" Só não coloquei foto porque infelizmente houve uma mudança qualquer no bloger que não entendo e não estou conseguindo captar imagem para enviar a partir dos meus arquivos.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

CONCRETISMO

O movimento poético denominado Concretismo foi desenvolvido no Brasil pelo trio Décio Pignatari, Augusto de Campos e seu irmão Haroldo de Campos, a quem tive oportunidade de conhecer em um rápido encontro no Curso Anglo, na unidade Tamandaré. Eles pregavam o fim do antigo conceito de verso, substituindo-o pelo aproveitamento do espaço em branco do papel como parte integrande do poema. Precursores dessa postura podem ser encontrados na poesia brasileira: Gregório de Matos, Oswald de Andrade; e portuguesa: Almeida Garrett e na poesia internacional: William Blake. Faz parte da pesquisa formal dos poetas concretos a atomização da palavra e a possibilidade de diversificar a direção da leitura em vez da antiga forma que nos leva a ler somente da esquerda para a direita e de cima para baixo. Veja dois exemplos:

                     QUIS
MUDAR     TUDO
MUDEI       TUDO
AGORAPÓSTUDO
                 EXTUDO
MUDO
Poema de Augusto de Campos intitulado "Pós-Tudo". Compare com este outro, do mesmo autor, intitulado "Renovar", que foi construído a partir de "Make  it New" (Confùcio - Ezra Pound) que não tenho como colocar aqui por ter sido construído com 4 ideogramas. Tentei escanear e enviar a imagem, mas houve mudança nos processos do Blog e não me possibilita fazê-lo.

R    E    N    O    V    A    R

D I A     S O L

A

S O L      D I A

R    E    N    O    V    A    R

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Bons modos, educação, urbanidade, etiqueta

Estou com a leve impressão de que as pessoas estão perdendo a noção do que sejam bons modos. Educação, então, passou a ser aquelas informações que você acumula nos bancos escolares, ou seja, concepção bancária de educação, tão criticada por Paulo Freire. Hoje em Sampa, logo pela manhã, tentei atravessar pela faixa de pedestre, mas fui impedido por um veículo que a ocupava inteira. Olhei firme nos olhos do motorista maleducado e ele me devolveu o olhar que transmitia bem ironicamente aquela expressão de "não estou aqui por que eu quero, mas porque preciso", em seguida, passei por uma bela moça que esperava pelo ônibus e a vi abrir a boca quase a ponto de me engolir. Pude contar todos os seus dente e ver suas cordas vocais. Também a olhei, sorrindo, e ela parece não ter me entendido, porque alongou a musculatura da face sem se preocupar em usar a mão para encobrir a boca escancarada. Lembrei-me que no Rio, semana passada, contei 6 vezes esse acontecimento durante uma viagem de Metro, que durou apenas 15 minutos. Observei também que tanto em Igaratá quanto em Itacaré, onde as calçadas são estreitas, os jovens não cedem lugar aos mais velhos, pois várias vezes eu precisei ceder o meu lugar na calçada para que pudessem passar, em  vez de acontecer o contrário. Lembro que no primeiro ano escolar, ainda em Santa Bárbara, Minas Gerais, aprendi com minha professora que eu deveria ceder o meu lugar na calçada para os mais velhos por uma questão de urbanidade, mas também faria isso para uma garota da minha idade só que por gentileza. Então guardei que quando faço algo porque é norma social, é obrigação, isso se chama urbanidade, enquanto o que faço de favorecimento a outra pessoa, sem que seja meu dever, sem que haja uma obrigatoriedade, como deixar uma pessoa sentar-se num lugar que é meu por direito, aí temos a gentileza.