quarta-feira, 16 de setembro de 2020

NOVELA "VAMOS TIRAR CAMÕES DO OSTRACISMO"

 

Capítulo 2 – Origem próxima – Mais dedicação ao grupo RIA

Dois anos depois, a lista do vestibular da Fuvest mudou e a peça com Ayrton passou a atrair menos o interesse das escolas, então encerramos as atividades e cada um iniciou outros trabalhos, agora separadamente.

 No grupo RIA encenamos SAGARANA  (não recordo a data) e PRIMEIRAS ESTÓRIAS (2003) de Guimarães Rosa. Depois um lindo espetáculo com poemas do heterônimo de Fernando Pessoa: CAEIRO EM PESSOA em 2006, que ficou em cartaz até 2008.



Paralelamente, eu continuei sonhando com Os Lusíadas e fui adaptando a obra toda, só conseguindo isso em 2009, mas a primeira apresentação em uma escola do município de Igaratá, deixou evidente para mim o que já me dissera o diretor José Paulo Rosa, um monólogo não pode ultrapassar 60 minutos. O ideal mesmo seria 50 minutos, mas minha peça estava com uma hora e meia, os alunos gostaram, elogiaram, mas eu vi vários ficarem cansados e uns poucos com os olhos quase fechando. Retomei a adaptação e conforme fazia, apresentava a pequenos grupos de amigos.

Isso até 2011, quando me mudei para o Rio de Janeiro, e em 2012 mudei-me para a região dos Lagos, onde comecei a me apresentar em saraus em Araruama e Cabo Frio e na seresta de Arraial do Cabo. Além de meus poemas gostava de apresentar fragmentos da obra de Camões. Numa dessas apresentações no Clube Náutico de Araruama, após interpretar a morte de Inês de Castro, passei pela diretora do grupo de teatro Operários da Arte, Angelah Dantas, que de rosto espantado me disse “você é louco!”. Eu já tinha ouvido essa frase de outras pessoas, mas não ligava. Então pressenti naquele momento uma oportunidade e na semana seguinte fui procurar Angelah Dantas e pedi para me dirigir.






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