segunda-feira, 14 de setembro de 2020

NOVELA: VAMOS TIRAR CAMÕES DO OSTRACISMO

 

Capítulo 1 – COMEÇO DE TUDO – Ano 1.998

 

Foi na estreia do Brás Cubas. Terminamos a apresentação de Memórias Póstumas de Brás Cubas, dirigida por José Paulo Rosa, do Grupo RIA, no antigo Teatro Lucas Pardo Filho,  próximo à pça Roosevelt e do lado da rua Guimarães Rosa, e fui abraçado pelo ator e diretor Airton Salvanini. Eu interpretara o narrador Brás Cubas, e foi  meu primeiro trabalho profissional. Ayrton ficou impressionado e me convidou para fazer um trabalho com ele. Reunimo-nos na semana seguinte e ele pediu que eu adaptasse os cantos 3 e 4 de Os Lusíadas, concentrando-me nos episódios A morte de Inês de Castro e O Gigante Adamastor.

Durante alguns meses, não me lembro quantos, eu adaptava e ensaiava com ele esses dois episódios que fariam a abertura do espetáculo. Ele entraria em cena logo após a minha saída e declamaria 13 poemas do livro Libertinagem de Manuel Bandeira. O espetáculo terminava com uma condensação de Morte e Vida Severina, em que interpretávamos todos os personagens. Era uma brincadeira divertidíssima e nos apresentamos em muitos colégios na capital e no interior de São Paulo. A apresentação mais inesquecível para mim foi no teatro de Osasco, lotadíssimo, e ao interpretar Adamastor, fui aplaudido em cena aberta.

Por mais de dois anos, além de escrever livros pra os vestibulares PUC, PUCAMP, UNICAMP e FUVEST, lecionar em Sorocaba..

Inês pede piedade ao rei

 

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