quarta-feira, 17 de setembro de 2014

ALMEIDA GARRETT e Viagens na minha terra

O livro VIAGENS NA MINHA TERRA, de Garrett, foi um marco importante para o Romantismo tanto em Portugal quanto no Brasil, por ter rompido com os padrões da literatura tradicional, criando uma nova maneira de compor o texto e dialogar com seu leitor. Embora não tenha encontrado em Machado de Assis uma confissão clara, vejo nele muita influência do escritor lusitano. Procure ler a obra integral e para aguçar seu desejo vou traçar em poucas linhas do que se trata. Note, não é um romance, mas o relato crítico de uma viagem e de um tempo, onde se insere uma narrativa novelesca que se encaixa no quadro geral com perfeição.

RESUMO DO ENREDO

Conta, o narrador, uma viagem que faz de Lisboa a Santarém e uma história, “A menina dos rouxinóis”, que aconteceu no vale de Santarém. Inicialmente aparece uma velha cega, assistida pela neta, Joaninha. Em seguida, sabemos que há um misterioso frei Dinis, que frequenta a casa delas, toda sexta-feira. Então, quase simultaneamente, descobrimos que há um neto, Carlos, ausente. Os pais de ambos já morreram, estão os dois órfãos de pais e mães.
Depois, ficamos sabendo que o frei, era um frequentador da casa e amante da filha de dona Francisca, em quem gerou um filho. O marido traído e o cunhado armaram uma cilada para o amante, mas foram mortos por ele, que arrependido entra para a ordem dos franciscanos. A adúltera ouve do amante a revelação da trágica morte do marido e não o perdoa, chorando até a morte, que se dá por ocasião do nascimento da criança: Carlos, que cresce sob os cuidados da avó, até quando descobre parte da história e se vai de casa. Quando é ferido nos combates entre liberais e miguelistas, Carlos fica sabendo toda a verdade e mais uma vez foge. Joaninha, que nesses capítulos finais, descobre os outros amores de seu primo, enlouquece e morre. 

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