segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

VOCÊ FALA ASSIM COM SUA MÃE?

MODO DE FALAR

O marido se queixava, mas garantia que não era uma reclamação, mas apenas uma constatação. “Eu nem ligo, mas vejo quão diferente é o modo de agir de minha mulher. Veja só, ontem, pela manhã saí com ela para fazer compras e na hora de estacionar eu saí do carro e tentava orientar, mas simultaneamente o funcionário do estacionamento, prestativo, mas desajeitado também dava seus palpites e minha mulher ficou nervosa com aquilo. Eu fiquei com receio em um momento que ela iria recuar com as rodas dianteiras viradas completamente viradas que batesse numa moto que estava ao lado, e gritei ao mesmo tempo que o tal funcionário ‘Endireita a roda” ou algo parecido, nem lembro se falamos pneus ou rodas. Bem, ela ficou nervosa, reclamou e eu, como de hábito, saí e deixei-a livre para fazer o que quisesse.  Como eu precisava ir à farmácia que havia na esquina, dirigi-me para lá e  pensei, depois vou encontrá-la na quitanda. Assim fiz, depois de comprar o remédio fui para o hortifruti e ela ainda estava tensa, com voz dura e lágrimas nos olhos protestou que reclamara porque eu fui grosso com ela, que eu precisava controlar meu tom de voz. De nada adiantou eu dizer que eu não gritara do jeito que ela reclamava, mas que fora firme por uma questão de urgência, de emergência, mas qual o quê, ela continuou brava comigo, mas como sempre, não durou muito, logo ela recuperou a calma e voltou ao tom de voz calmo e tranquilo de sempre.
Estou contando isso, para você ver como é diferente o modo de ser de mãe e de esposa, bem, isso nela, porque em outras mulheres deve ser diferente, mas nela é assim. Como esposa, ela briga, ela se defende e briga por si, mas com filhos age de outra maneira. Ontem mesmo pude ver isso, no período da tarde. Não vi, mas ouvi bem. Estava num cômodo ao lado do quarto em que as duas entraram discutindo, peguei poucas palavras e não as guardei bem, mas o que mais me incomodava era o tom irritado e bravo com que a filha admoestava por estar andando de chinelo ou calçado dentro de casa e, creio que levando ou espalhando alguma sujeira. Precisava você ver com que doçura, com que suavidade ela procurava se justificar com a filha, desculpando-se, mas se controlando para não perder a calma. É assim mesmo, amor de mãe, amor de mãe é incondicional.
Agora veja só que coincidência mais incrível, leia este texto do papa Francisco que eu encontrei logo em seguida, até postei na minha página no Face:  ‘O diálogo derruba os muros das divisões e das incompreensões; cria pontes de comunicação e não permite que alguém se isole, fechando-se no seu pequeno mundo. Não vos esqueçais: dialogar significa ouvir o que me diz o outro e dizer com mansidão aquilo que penso. Se as coisas correrem assim, a família, o bairro, o lugar de trabalho serão melhores. Mas se eu não deixo que o outro diga tudo o que tem no coração e começo a gritar — hoje grita-se muito — esta relação não terá bom êxito; o relacionamento entre marido e esposa, entre pais e filhos não terá bom êxito. Ouvir, explicar, com mansidão, não agredir o outro, não gritar, mas ter um coração aberto.’”


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