segunda-feira, 28 de agosto de 2017

POEMA DE AMOR

Estava organizando alguns livros que estavam  fora de seus lugares, quando de dentro de um deles cai um papel amarelado e meio amassado; li e era um antigo poema meu. Fui no meu último livro de poesia, onde deveriam estar todos meus poemas e este lá não aparecia. Por que seria? Teria eu descartado o coitado por julgá-lo ruim? Será que quando fiz a organização dos poemas este já estaria perdido naquele tempo? Procurei meus dois primeiros livros e lá também o abandonado não aparecia! Mistério! Veja se ele é tão ruim assim que devia ser jogado no lixo. Dê sua opinião nos comentários, se for o caso eu mando para o lixo. Você decide!


NO ENCALÇO DO AMOR

Vejo desfazer-se em pedaços
meu poema de amor.
Caem os versos como pétalas de uma rosa fenecida.
E os traços escassos de meus sonhos lassos
diluem-se todos.

Mas continuo lutando, enfim, sem descansar,
pois sei que entre vitórias e fracassos,
hei de encontrar o sol dos sonhos meus
acampado nas curvas de teus braços.

Sol se pondo na Lagoa de Araruama, foto de Janice Rugani.

Um comentário:

zilda maria sousa da cunha. disse...

Jamais jogue no lixo um poema seu , caro mestre. Ele é belíssimo como tudo o que escrevestes. Principalmente quando declamas. Parabéns.