domingo, 27 de setembro de 2015

JOSÉ DE ALENCAR, biografia

José de Alencar



BIOGRAFIA

José Martiniano de Alencar nasce em Mecejana (CE) a 1º de março de 1829. Formou-se em Direito pelo Recife, tendo antes passado pela Faculdade de Direito de São Paulo, onde fundou uma revista semanal de Ensaios Literários. Ao terminar o curso, retorna ao Rio, colaborando diariamente com o jornal O Correio Mercantil.
            Em 1856, iniciou famosa polêmica a respeito de A Confederação dos Tamoios, de Gonçalves de Magalhães, desentendendo-se com D. Pedro II, que era amigo particular de Magalhães. No mesmo ano publicou seu primeiro romance, Cinco Minutos, uma historinha do tipo “água com açúcar”, para distrair burguesinhas adolescentes. Em 1857, escreveu e publicou na forma de folhetim o romance O Guarani, como resposta à polêmica sobre a obra de Gonçalves de Magalhães. Esse romance é uma atualização da epopeia, como se com ele estivesse dizendo que, no século XIX, na literatura romântica, não havia mais espaço para a epopeia em versos. O tempo é para a prosa, mais condizente com a modernidade.
            Alencar candidatou-se a deputado pelo Partido Conservador pelo Ceará e foi eleito. Em 1861, estreou na política. Em 1868, ocupou o cargo de Ministro da Justiça. No ano seguinte candidatou-se a senador pelo Ceará, tendo sido o mais votado, mas teve seu nome vetado pelo imperador. A partir de então, dedicou-se inteiramente à literatura.
            Viajou para a Europa, em 1877, em busca de tratamento de saúde, pois havia contraído tuberculose, doença incurável naquele tempo. Retornou ao Rio no mesmo ano, e ali faleceu. Estava com 48 anos, e, embora ainda jovem, deixou-nos uma obra ficcional importantíssima, tanto pela qualidade, quanto pela quantidade. Além disso, seus romances oferecem um retrato do Brasil de Norte a Sul e do passado mais distante (antes dos portugueses aqui chegarem) até a época em que o autor viveu. Sua obra e sua vida representaram um verdadeiro combate contra a invasão da cultura estrangeira, buscando sempre cunhar uma língua literária nacional, que realmente expressasse a alma de nossa terra e de nossa gente. Nessa luta, podemos dizer que se inserem os romances regionalistas, como Til e O Sertanejo.

BIBLIOGRAFIA

            Destacaremos apenas os romances, segundo a ordem cronológica de publicação: Cinco minutos (1856), O guarani (1857), A viuvinha (1869), Lucíola (1862), Diva (l864), Iracema (1865), O gaúcho (1870), A pata da gazela (1870), O tronco do ipê (1871), Guerra dos Mascates (1871-1873), Sonhos d'ouro (1872), Alfarrábios (1873), Ubirajara (1874), Senhora (1875), O sertanejo (1875) e Encarnação (1893).

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Transcrição do livro: 
www.agbook.com.br 

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