Faz tempo abri este blog
e veja agora que bacana;
recebi dezesseis visitas
da Ucrânia só numa semana.
Fui ver o que ocorreu
durante todo um mês
e tive outra surpresa
26 visitas só de português.
E não sei se é caso de sorte
ou se é minha façanha,
mas tenho sido visto
até na Alemanha.
Parece que sou querido
até no Reino Unido
e do Brasil nem digo nada
está sempre em primeiro
são amigos que vêm até de madrugada,
mas o que foi de alucinar
foi ver os EE UU certo dia
chegar ao segundo lugar.
Meu blog agora está
sendo visto no Canadá.
Tive até alguns soluços
ao ver que muitos
dos visitantes eram russos.
Quase me esquecia de contar
falha dessa memória franzina
muitos que vieram visitar
eram pessoas da China.
Isso até me fez esquecer o caso
daquele visitante de Burquina Faso.
(ver postagem de final de novembro passado: Crônica sobre visita de Burquina Faso
Já apareceram visitas da Malásia, Espanha e ìndia. Que legal!
Agradeço a todos vocês que me honraram com suas visitas, se puderem deixem comentários.
Thank you all that visited my blog, please let your comments.
segunda-feira, 21 de dezembro de 2015
POESIA LÍRICA "AMOR É. . ."
Lírica é a poesia que tenta captar a emoção, o sentimento, que sentimos em determinada situação. Funciona como se fosse uma fotografia para que ao olharmos mais tarde possamos nos lembrar e sentir aquilo de novo ou então permitir que outras pessoas se emocionem ao compartilhar o mesmo sentimento. Quando o leitor ainda não sentiu aquilo que ali está, é bem possível que não goste do poema, porque não capta a poesia que nele está. Poema é o texto escrito, poesia é a alma que alimenta as palavras que ali estão.
AMOR É...
O amor é ferida que dói e não se sente,
dizia o velho poeta, abrindo porta decente
para quem quisesse definir tal sentimento.
O amor, para mim, é como um rio,
corre sempre,
esteja quente ou faça frio,
mas há um tipo de amor
que se parece mais com o mar;
grande, forte, poderoso,
ora calmo, ora violento,
pode até mesmo sufocar.
Já vi, também, outro tipo de amor
que se parece com brisa;
vem suave, pura carícia,
muita paz e alegria,
envolto em riso que alisa,
dá calma no sofrimento,
ajuda a crescer, a subir.
Cuidado porém, com o amor
Que se parece com vento;
muita fala e promessa,
muito canto e lamento,
mas o que é bom de verdade,
deixa para o futuro
e quando se dá conta,
vê que está só e no escuro.
Também encontrei na vida
um tipo raro de amor
que chega e se instala, como musgo,
não se anuncia, não avisa,
cai como leve semente,
gruda na pele como tatuagem
– assim dizia o trovador urbano –
Caminha sempre lado a lado,
parece mais amizade,
e na hora da procela, sufoco,
dor, maremoto, é que agente vê
quanto vale esse tipo simples de amor.
Ele é dor que não embriaga,
é como ave voando, tranquila.
E de repente, não mais que de repente,
sem como e nem porquê,
vira esse amor que agora vejo
que há entre NÓS DOIS.
AMOR É...
O amor é ferida que dói e não se sente,
dizia o velho poeta, abrindo porta decente
para quem quisesse definir tal sentimento.
O amor, para mim, é como um rio,
corre sempre,
esteja quente ou faça frio,
mas há um tipo de amor
que se parece mais com o mar;
grande, forte, poderoso,
ora calmo, ora violento,
pode até mesmo sufocar.
Já vi, também, outro tipo de amor
que se parece com brisa;
vem suave, pura carícia,
muita paz e alegria,
envolto em riso que alisa,
dá calma no sofrimento,
ajuda a crescer, a subir.
Cuidado porém, com o amor
Que se parece com vento;
muita fala e promessa,
muito canto e lamento,
mas o que é bom de verdade,
deixa para o futuro
e quando se dá conta,
vê que está só e no escuro.
Também encontrei na vida
um tipo raro de amor
que chega e se instala, como musgo,
não se anuncia, não avisa,
cai como leve semente,
gruda na pele como tatuagem
– assim dizia o trovador urbano –
Caminha sempre lado a lado,
parece mais amizade,
e na hora da procela, sufoco,
dor, maremoto, é que agente vê
quanto vale esse tipo simples de amor.
Ele é dor que não embriaga,
é como ave voando, tranquila.
E de repente, não mais que de repente,
sem como e nem porquê,
vira esse amor que agora vejo
que há entre NÓS DOIS.
domingo, 20 de dezembro de 2015
CANÇÃO DA LUA
Não me lembro que idade tinha quando fiz esta cantiga quase infantil, mas apesar de bobinha, ainda gosto muito dela e percebi que muita gente curtiu quando a declamei para a própria lua, de cima de uma locomotiva antiga, na estação de Conservatória para uma platéia de 600 pessoas. Foi uma noite muito bonita com muita música boa. Eis o poemeto:
CANÇÃO DA LUA
A lua no céu desponta
pálida e tonta, tonta,
tonta de amor por mim.
Mas mal me vê fica triste
pois vê que em mim existe
um outro amor sem fim.
Mas nem tudo a desaponta
pois sabe que canto sem conta
as flores do meu jardim!
Está na minha coletânea publicada recentemente: POESIA NOSSA DE CADA DIA.
CANÇÃO DA LUA
A lua no céu desponta
pálida e tonta, tonta,
tonta de amor por mim.
Mas mal me vê fica triste
pois vê que em mim existe
um outro amor sem fim.
Mas nem tudo a desaponta
pois sabe que canto sem conta
as flores do meu jardim!
Está na minha coletânea publicada recentemente: POESIA NOSSA DE CADA DIA.
quarta-feira, 16 de dezembro de 2015
sexta-feira, 11 de dezembro de 2015
BOCETA ENTÃO É ISSO?
Quando ainda era criança, creio que pouco antes dos 7 anos, fui visitar o meu avô materno. E lá encontrei outros primos, filhos de fazendeiros, que foram passar as férias com nossos avós. E certo dia, com cara de safado, muito maroto, meu avô nos perguntou de repente, sem nenhuma aparente razão:
- Eu tenho uma boceta! Querem ver?
De lá do fundo da cozinha, preparando o almoço, minha vó gritou:
- Neco, para de dizer bobagem! Isso não é brincadeira de gente religiosa.
Meu avô era um católico praticante, pertencia ao grupo do Santíssimo, mas adorava umas brincadeiras e piadas maliciosas, que desagradavam profundamente minha avó.
Fomos seguindo me avô, que nos fizera sinal para isso, e quando chegou ao quarto ele, fazendo suspense, enfiou a mão em um bolso de seu paletó e de lá retirou uma caixinha ovalada, feita de madeira com muita arte e requinte, abriu a tampa e de lá retirou um pó, rapé, que nos fez cheirar, fazendo com que todos espirrassem muito. Demos também muitas risadas. Por isso, amávamos meu avô. Sempre vinha com alguma brincadeira.
Depois fiquei sabendo que aquele era mesmo o nome da caixinha, encontrei no dicionário a definição que é mais ou menso assim "caixinha de madeira arredondada, oblonga, oval, que serve para guardar pequenos objetos. Descobri ainda que muitas moças no passado gostavam da caixinha para guardar jóias menores como brincos e anéis. Provavelmente por causa do formato oval é que alguém passou a designar metaforicamente o sexo feminino, que guarda ali uma jóia, o chibiu, pequeno diamante, nome metafórico também, que designa o clitóris. Queria colocar uma imagem dessa caixinha aqui, mas foi só digitar no navegador e apareceu dezenas e dezenas de fotos de muito mau gosto, nenhuma era caixinha. Vai ficar sem imagem, a não ser que o caro leitor me envie alguma.
Em 2016 recebi de Matheus Hizioka essas imagens, algumas são das famosas bocetas de antigamente:
Em 2016 recebi de Matheus Hizioka essas imagens, algumas são das famosas bocetas de antigamente:
quinta-feira, 10 de dezembro de 2015
ANTES TARDE DO QUE NUNCA
ANTES . . .
Antes que acabe a vida,
antes que me torne filho da morte,
antes que tenha saudade
do tempo em que era jovem e forte,
o que nem seria uma grande verdade.
Antes que tudo tenha fim,
quero apenas honrar o nome
que um dia deram a mim.
(10/12/15)
antes que me torne filho da morte,
antes que tenha saudade
do tempo em que era jovem e forte,
o que nem seria uma grande verdade.
Antes que tudo tenha fim,
quero apenas honrar o nome
que um dia deram a mim.
(10/12/15)
terça-feira, 8 de dezembro de 2015
Fernando Pessoa e Alberto Caeiro
Fernando Pessoa criou um personagem também poeta, Alberto Caeiro, e escreveu para ele e por ele vários poemas. Pessoa denominou tal tipo de personagem heterônimo. Escolhi alguns poemas de Caeiro e fui para o estúdio de um amigo e gravei. Virou esse CD.
O libreto contém os poemas que fizeram parte do espetáculo idealizado e muito bem dirigido por José Paulo Rosa do Grupo de Teatro RIA, em São Paulo.
O libreto contém os poemas que fizeram parte do espetáculo idealizado e muito bem dirigido por José Paulo Rosa do Grupo de Teatro RIA, em São Paulo.
segunda-feira, 7 de dezembro de 2015
LEIA MEUS LIVROS ANTES DE COMPRAR
É possível ler as 20 primeiras páginas, como um aperitivo. Se você achar que não vale a pena, que não presta, favor avisar-me que suspenderei a publicação. Não quero pagar mico, não é mesmo? Então o alerta dos amigos e leitores pode ajudar muito, críticas também. Adoro críticas e correções.
No seguinte endereço você pode acessar e ler as primeiras páginas:
https://agbook.com.br/book/199521--CRONOS_E_CRONICAS
https://agbook.com.br/book/199521--CRONOS_E_CRONICAS
Copie e cole no navegador
Além desse, você pode ler as primeiras páginas de mais 9 livros meus que estão à venda na www.agbook.com.br basta digitar geraldo chacon na janelinha da livraria virtual.
No seguinte endereço você pode acessar e ler as primeiras páginas:
https://agbook.com.br/book/199521--CRONOS_E_CRONICAS
https://agbook.com.br/book/199521--CRONOS_E_CRONICAS
Copie e cole no navegador
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domingo, 29 de novembro de 2015
ARARUAMA e COSTA DO SOL
CRÔNICA DE UM DITADO POPULAR
Hoje,
final do mês de novembro de 2015, veio-me de cambulhada, tudo misturado, um
soneto com emenda e uma conversa marota que tive com a Verona, figura muito
singular na minha vida. Não só isso, mas outras coisas, uma por exemplo que nos
remete ao século XV. Calma, vou organizar as informações, mas não vai ser fácil
porque as coisas não vieram arrumadas, mas aos trambolhões.
Quando
o Renascimento aconteceu no século XV, surgiu a forma de poema denominada
soneto, que consistia de uma construção elaborada em versos decassílabos,
distribuídos por quatro estrofes, sendo as duas primeiras com quatro versos e
as duas últimas com três versos cada uma. Quando os mestres se puseram a
ensinar a seus discípulos essa nova forma de poema, perceberam que muitos não
alcançavam a concisão necessária e chegavam ao décimo quarto verso sem terminar
a ideia, o conteúdo. Algum mestre, então, teve a generosidade de deixar que
fizessem mais dois versos para ver se conseguiam, passando a denominar esses
dois versos de “emenda”. Claro, suponho eu, que os bons alunos conseguiam, mas
os fracos que não logravam um bom soneto, com apenas mais dois versos não
resolviam sua situação e, provavelmente, se o soneto ficava ruim, a “emenda”
ficava pior que o soneto. Isso gerou um ditado popular: “Ficou pior a emenda do
que o soneto”.
Essa
frase sempre foi usada para indicar uma situação em que você tenta melhorar
algo, qualquer coisa, e o resultado fica pior. Um exemplo disso é aquela
anedota em que a esposa, olhando-se no espelho fala para o marido que está se
achando gorda, velha, cheia de pelancas e ele para a consolar diz, pois é, mas
a sua visão está ótima meu bem.
Tudo
isso e mais o que vou dizer no final, veio-me à mente porque construí agora um
soneto com emenda. Resolvi fazer o soneto porque me lembrei de um que Manuel
Bandeira havia feito e me impus o desafio de também construir outro. E como
Drummond fez um soneto com versos redondilhos menores, decidi fazer o meu com
redondilhos maiores. Ficou assim:
Arrebol de Ponta da Acaíra, foto de Solange. |
ONDE
AGORA MORO
Aqui encontrei abrigo.
Aqui, na Costa do Sol,
encontrei tão bons amigos
e meu mais lindo arrebol.
Por isso é que sempre
falo;
eu quero o melhor para
mim.
De peito aberto declaro:
Aqui será o meu fim.
Bons ventos sempre me
trazem
aquilo que me faz bem:
pureza, oxigênio e
leveza.
Os raios do sol me fazem
mais moreno e também
perceber tanta beleza.
Por isso digo sem medo
Aqui finda meu enredo.
Procurei,
sem muito êxito, registrar o momento que estou vivendo, principalmente pelo
grande número de amigos conseguidos em Arraial do Cabo e em Araruama, cidade
que me deu mais oportunidades e reconhecimento. Aí relendo o texto para
corrigir, veio a figura da Verona, quando trabalhava para mim Em Taboão da
Serra, São Paulo. Certo dia, atendi uma professora ao telefone e procurei
resolver um problema, não me lembro bem, mas creio que ela comprara meu livro e
ainda não recebera pelo correio. Tentando me desculpar, disse algo que não
aliviou a braveza da professora, e pelo contrário aumentou sua indignação. Ao
desligar, deparei com a Verona de vassoura na mão, parada, rindo-se de mim. Sempre
tratei meus subalternos com a mesma dignidade e respeito com que trato qualquer
pessoa e também dou a eles e elas o direito de me tratar da mesma forma. Verona
então disse-me: “Pois é, seu Geraldo, ficou pior a emenda do que o soneto.
Então
eu me lembrei de todas aquelas informações com que iniciei este texto e para
não deixar que ela me zombasse, esnobei:
−
E você por acaso sabe o que é soneto?
−
Não, mas o senhor me entendeu, não é mesmo?
Essa
era a Vera, não deixava nada pela metade. Ainda vou escrever um texto, não sei
se crônica ou conto, contando uma estória em que ela foi enredada por outra
pessoa.
sábado, 28 de novembro de 2015
Blog e BURQUINA FASO
BURQUINA FASO
No entanto,
para minha enorme surpresa, o país é relativamente grande e fica na África. Eu
ainda estava esperando abrir o mapa na tela do computador e já minha mulher,
sempre perguntadeira, quis saber:
─ Qual o
idioma deles?
Que mais poderia eu dizer? Nem fazia ideia de que o tal país existisse, como iria saber a língua que eles falam? Mas logo vi que foram colonizados pela França, daí podemos deduzir que lá se fala o francês além de, possivelmente, diversos outros idiomas ou dialetos das várias tribos que compõem a nação, que fica ao sul do Mali e ao norte de Gana. A palavra “burquina” no idioma more quer dizer “homens íntegros”, correspondendo à nossa expressão abaetê, do tupi e “faso”, proveniente do idioma dioula, significa “terra natal”, resultando numa denominação pouco modesta e muito orgulhosa de si próprios: “Terra de homens íntegros”.
Fico
humoristicamente imaginando você recebendo um telefonema em que a voz do outro
lado lhe pergunte: “Você conhece o “H” do Gu?”. Já vejo seus olhos
arregalados de espanto e pensando, caso conheça algum Gustavo, uma porção de bobagens. No entanto, a pessoa estaria apenas querendo saber se
você conhece a capital de Burquina Faso; Uagadugu.
Agora, o que
me dói e aperta meu coração de criança curiosa, que continuo sendo, é ter quase
certeza de que nunca saberei quem foi a criatura burquinesa que entrou no meu
blog e muito menos o que a levou a fazer isso.
Gostaria muito
de escrever para ela e agradecer sua visita. Ah! Como eu gostaria de fazer
isso! Tomara que entre de novo e leia essa crônica!
sexta-feira, 27 de novembro de 2015
GINÁSIO E FRANCÊS
Eu sou um dos últimos remanescentes daquele tempo em que o ensino público era melhor do que o particular e que o ensino em geral era melhor do que hoje. Desculpe-me, não é nada de saudosismo, de jeito nenhum, até porque nada era fácil naquele tempo. No entanto, com toda facilidade de hoje os jovens revelam mais desconhecimento, para não usar o termo ignorância, do que em nosso tempo. Hoje, do quinto ao nono ano, correspondente ao antigo ginásio, deparo com estudantes que desconhecem a crase, as regras de acentuação e quando peço para anotarem meu nome e endereço de e-mail, algumas vezes, questionaram se Geraldo era com "g" ou com "j".
Não desmaiei, mas fiquei triste. Nós estudávamos latim, inglês e francês. Até hoje, lembro-me de alguns versos que me faziam chorar de tanta emoção. Eram de um poema famoso de Lamartine; Le Lac;
Ainsi, toujours, poussé vers de nouveaux rivages,
dans la nuit éternelle emportés sens retour,
ne pourrons nous jamais sur l'océan des âges
jetter l'encre um seul jour?
Pois, veja só a diferença de épocas, eu aqui sofrendo para registrar o que me veio na memória e procurando em um dicionário antigo, se despetalando como rosa velha, com folhas caindo pelo chão, quando minha mulher me disse "por que você não pesquisa na internet e baixa o poema?" Pesquisei, entrei no site bacdefrancais.net/lelac e vejam o que encontrei, agora é só comparar a primeira estrofe e verificar o quanto errei.
Le Lac
Ainsi, toujours poussés vers de nouveaux rivages,
Dans la nuit éternelle emportés sans retour,
Ne pourrons-nous jamais sur l'océan des âges
Jeter l'ancre un seul jour ?
Ô lac ! l'année à peine a fini sa carrière,
Et près des flots chéris qu'elle devait revoir,
Regarde ! je viens seul m'asseoir sur cette pierre
Où tu la vis s'asseoir !
Tu mugissais ainsi sous ces roches profondes,
Ainsi tu te brisais sur leurs flancs déchirés,
Ainsi le vent jetait l'écume de tes ondes
Sur ses pieds adorés.
Un soir, t'en souvient-il ? nous voguions en silence ;
On n'entendait au loin, sur l'onde et sous les cieux,
Que le bruit des rameurs qui frappaient en cadence
Tes flots harmonieux.
Tout à coup des accents inconnus à la terre
Du rivage charmé frappèrent les échos ;
Le flot fut attentif, et la voix qui m'est chère
Laissa tomber ces mots :
" Ô temps ! suspends ton vol, et vous, heures propices !
Suspendez votre cours :
Laissez-nous savourer les rapides délices
Des plus beaux de nos jours !
" Assez de malheureux ici-bas vous implorent,
Coulez, coulez pour eux ;
Prenez avec leurs jours les soins qui les dévorent ;
Oubliez les heureux.
" Mais je demande en vain quelques moments encore,
Le temps m'échappe et fuit ;
Je dis à cette nuit : Sois plus lente ; et l'aurore
Va dissiper la nuit.
" Aimons donc, aimons donc ! de l'heure fugitive,
Hâtons-nous, jouissons !
L'homme n'a point de port, le temps n'a point de rive ;
Il coule, et nous passons ! "
Temps jaloux, se peut-il que ces moments d'ivresse,
Où l'amour à longs flots nous verse le bonheur,
S'envolent loin de nous de la même vitesse
Que les jours de malheur ?
Eh quoi ! n'en pourrons-nous fixer au moins la trace ?
Quoi ! passés pour jamais ! quoi ! tout entiers perdus !
Ce temps qui les donna, ce temps qui les efface,
Ne nous les rendra plus !
Éternité, néant, passé, sombres abîmes,
Que faites-vous des jours que vous engloutissez ?
Parlez : nous rendrez-vous ces extases sublimes
Que vous nous ravissez ?
Ô lac ! rochers muets ! grottes ! forêt obscure !
Vous, que le temps épargne ou qu'il peut rajeunir,
Gardez de cette nuit, gardez, belle nature,
Au moins le souvenir !
Qu'il soit dans ton repos, qu'il soit dans tes orages,
Beau lac, et dans l'aspect de tes riants coteaux,
Et dans ces noirs sapins, et dans ces rocs sauvages
Qui pendent sur tes eaux.
Qu'il soit dans le zéphyr qui frémit et qui passe,
Dans les bruits de tes bords par tes bords répétés,
Dans l'astre au front d'argent qui blanchit ta surface
De ses molles clartés.
Que le vent qui gémit, le roseau qui soupire,
Que les parfums légers de ton air embaumé,
Que tout ce qu'on entend, l'on voit ou l'on respire,
Tout dise : Ils ont aimé !
Alphonse de Lamartine - Les Méditations poétiques
Dans la nuit éternelle emportés sans retour,
Ne pourrons-nous jamais sur l'océan des âges
Jeter l'ancre un seul jour ?
Ô lac ! l'année à peine a fini sa carrière,
Et près des flots chéris qu'elle devait revoir,
Regarde ! je viens seul m'asseoir sur cette pierre
Où tu la vis s'asseoir !
Tu mugissais ainsi sous ces roches profondes,
Ainsi tu te brisais sur leurs flancs déchirés,
Ainsi le vent jetait l'écume de tes ondes
Sur ses pieds adorés.
Un soir, t'en souvient-il ? nous voguions en silence ;
On n'entendait au loin, sur l'onde et sous les cieux,
Que le bruit des rameurs qui frappaient en cadence
Tes flots harmonieux.
Tout à coup des accents inconnus à la terre
Du rivage charmé frappèrent les échos ;
Le flot fut attentif, et la voix qui m'est chère
Laissa tomber ces mots :
" Ô temps ! suspends ton vol, et vous, heures propices !
Suspendez votre cours :
Laissez-nous savourer les rapides délices
Des plus beaux de nos jours !
" Assez de malheureux ici-bas vous implorent,
Coulez, coulez pour eux ;
Prenez avec leurs jours les soins qui les dévorent ;
Oubliez les heureux.
" Mais je demande en vain quelques moments encore,
Le temps m'échappe et fuit ;
Je dis à cette nuit : Sois plus lente ; et l'aurore
Va dissiper la nuit.
" Aimons donc, aimons donc ! de l'heure fugitive,
Hâtons-nous, jouissons !
L'homme n'a point de port, le temps n'a point de rive ;
Il coule, et nous passons ! "
Temps jaloux, se peut-il que ces moments d'ivresse,
Où l'amour à longs flots nous verse le bonheur,
S'envolent loin de nous de la même vitesse
Que les jours de malheur ?
Eh quoi ! n'en pourrons-nous fixer au moins la trace ?
Quoi ! passés pour jamais ! quoi ! tout entiers perdus !
Ce temps qui les donna, ce temps qui les efface,
Ne nous les rendra plus !
Éternité, néant, passé, sombres abîmes,
Que faites-vous des jours que vous engloutissez ?
Parlez : nous rendrez-vous ces extases sublimes
Que vous nous ravissez ?
Ô lac ! rochers muets ! grottes ! forêt obscure !
Vous, que le temps épargne ou qu'il peut rajeunir,
Gardez de cette nuit, gardez, belle nature,
Au moins le souvenir !
Qu'il soit dans ton repos, qu'il soit dans tes orages,
Beau lac, et dans l'aspect de tes riants coteaux,
Et dans ces noirs sapins, et dans ces rocs sauvages
Qui pendent sur tes eaux.
Qu'il soit dans le zéphyr qui frémit et qui passe,
Dans les bruits de tes bords par tes bords répétés,
Dans l'astre au front d'argent qui blanchit ta surface
De ses molles clartés.
Que le vent qui gémit, le roseau qui soupire,
Que les parfums légers de ton air embaumé,
Que tout ce qu'on entend, l'on voit ou l'on respire,
Tout dise : Ils ont aimé !
Alphonse de Lamartine - Les Méditations poétiques
terça-feira, 24 de novembro de 2015
Você faz sexo todo dia? Você faz sexo muitas vezes por semana? Quer saber qual deve ser o ideal?
Então copie o endereço abaixo e cole no seu navegador para ler matéria séria sobre o assunto.
https://br.vida-estilo.yahoo.com/post/133787605915/a-felicidade-e-a-frequ%C3%AAncia-das-rela%C3%A7%C3%B5es-sexuais
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segunda-feira, 19 de outubro de 2015
sábado, 17 de outubro de 2015
Cronos e a crônica
Cris, você pediu e atendi logo, mas está muito rudimentar e pessoal, como uma moderna crônica de jornalista , sem muitas preocupações estéticas . Pesquise um pouco mais e desculpe os erros que podem ocorrer porque não pude nem reler.
CRONOS E CRÔNICAS
Lembro-me de
um professor contar-me, há muito tempo, que os gregos diziam que antes de haver
mundo, universo, reinava sobre o nada uma divindade chamada Caos, mas que
depois veio Érebo, a noite, e em seguida Uranos e Gaia, ou seja, o céu e a
nossa mãe terra. Uranos se apaixonou por Gaia e com ela gerou vários filhos,
mas um deles, Cronos, nasceu com complexo de Édipo, foi muito antes de Freud, é
claro, e por isso mesmo não pode ser tratado e chegou ao extremo. Certo dia, ou
noite, não sei, Cronos com uma foice que passara afiando o dia inteiro, castrou
o pai que vinha cobrir sua mãe. Pegou o pênis ceifado e atirou ao mar. Incrível
o que aconteceu; o apêndice cortado ejaculou e fecundou as espumas das ondas
marítimas, de onde nasce a belíssima Afrodite, deusa do amor.
Dizem alguns
que ele daquele dia em diante passou a se unir à mãe com quem teve filhos e
filhas, mas há controvérsias, há quem diga que foi com a irmã Réia, ou seria
Géia? Sei lá, tanto faz, o importante e significativo é que ele devorava todos
os filhos que nascia. De onde podemos descobrir que Cronos é o deus que
simboliza ou encarna o tempo, tempo que esse que nos gera e nos devora. De
cronos vem cronômetro, cronologia e crônica.
A crônica é um gênero que se transformou
bastante através do tempo. Em nosso idioma, podemos dizer que ela surge para
valer, nãos com os primeiros cronicões medievais, mas com Fernão Lopes, no
período que costumamos chamar de Humanismo. Fernão Lopes faz um belo registro
dos tempos de D. Pedro I e de D. João I, empregando descrições, diálogos,
empregando uma técnica cinematográficas. É fabuloso!
segunda-feira, 12 de outubro de 2015
CEME E CORRUPÇÃO
Será que CEME é o mesmo que Farmácia Popular? Fui procurar isso e encontrei outra coisa, atirei no que vi e abati o que nem imaginei. Vejam como a corrupção vem de tempos atrás, garanto até que muito antes do que vou mostrar agora.
Pois é, veja o que encontrei na rede. Clique aqui
Segundo apuração da Polícia Federal, pelo menos dois envolvidos na Operação Vampiro, também participaram do esquema de PC Farias, homem de confiança do presidente Collor: Lourenço Rommel Peixoto (à esq.) e Jaisler Jabour de Alvarenga.
A Central de Medicamentos (CEME) foi envolvida desde o governo Collor em uma lista de crimes contra o povo brasileiro, um esquema que desviou cerca de R$ 4,4 bilhões na compra de derivados de sangue utilizados por hemofílicos.”
Pois é, veja o que encontrei na rede. Clique aqui
Se você
não quer ou não pode acessar o endereço acima, leia pelo menos o início dessa
matéria:
“A Saúde detém o segundo maior orçamento da
União, só menor que o da Previdência, que paga aposentadorias. São milhões de
reais empregados em compras de medicamentos e produtos para bancos de sangue,
motivo suficiente para que se criasse uma rede de corrupção, que existia desde
o início dos anos 90. O esquema foi descoberto somente em 2004 com a
Operação Vampiro deflagrada pela Polícia Federal através de escutas telefônicas
autorizadas. A central de corrupção montada no Ministério da Saúde controlou, entre
1999 e 2004, compras de medicamentos para os programas DST/Aids, diabetes e
hemoderivados que superaram R$ 4,4 bilhões.
Segundo apuração da Polícia Federal, pelo menos dois envolvidos na Operação Vampiro, também participaram do esquema de PC Farias, homem de confiança do presidente Collor: Lourenço Rommel Peixoto (à esq.) e Jaisler Jabour de Alvarenga.
A Central de Medicamentos (CEME) foi envolvida desde o governo Collor em uma lista de crimes contra o povo brasileiro, um esquema que desviou cerca de R$ 4,4 bilhões na compra de derivados de sangue utilizados por hemofílicos.”
quarta-feira, 7 de outubro de 2015
significado de IBIRAPUERA E GUARATINGUETÁ
Em tupi o puer indica passado e Ybirá significa árvore, então o significado do nome desse lindo parque paulistano, ao pé da letra, é a árvore que já era, que morreu, que caiu.
Em tupi, para indicar que há grande quantidade de algo, empregam ETÁ, daí o nome Paquetá para a ilha carioca (ou será fluminense?) porque lá havia muitas pacas, já na cidade paulista de Guaratinguetá, deveria existir muitos pássaros (guyrá) brancos (tinga), provavelmente porque lá deveria haver muitas garças.
Em tupi, para indicar que há grande quantidade de algo, empregam ETÁ, daí o nome Paquetá para a ilha carioca (ou será fluminense?) porque lá havia muitas pacas, já na cidade paulista de Guaratinguetá, deveria existir muitos pássaros (guyrá) brancos (tinga), provavelmente porque lá deveria haver muitas garças.
segunda-feira, 5 de outubro de 2015
Merda e amor, caralho e boas ações
QUE MERDA É ESSA?
Esse título
foi sugerido, sem querer, por minha amiga Marli, aquela que descrevi em outra
crônica como a dona das mais lindas pernas do Rio de Janeiro. Foi assim,
tentávamos ligar para ela, mas não conseguíamos. Desistimos do celular e
tentamos o fixo, tocou, tocou, e por fim caiu na secretária eletrônica que,
após os trâmites normais, deu sinal de que alguém falaria, alguns ruídos, em
seguida a voz septuagenária da nossa amiga Marli lançou essa:
- Que merda é
essa?
Depois
veio o silêncio do outro lado, quebrado apenas pelo nosso riso. Era muito
engraçado, ouvir daquela gentil senhora, tão tranquila, um protesto
escatológico inesperado. O humor é fruto da quebra de uma determinada
expectativa. Ela nem sabia que havia gravado involuntariamente essa exclamação. Estava irritada porque não conseguia entender o mecanismo de deixar gravado seu recado na secretária eletrônica.
A
propósito de quê, vem essa introdução? A propósito de algo que descobri ontem e
que me fez o pensamento hoje, às 5 da matina, acordar com essa ideia: “Caralho,
genial! Vou escrever sobre aquilo!” O aquilo, do meu pensamento, foi uma
entrevista que li num blog lusitano, muito visitado e curtido, porque o
bloguista usa palavrões. Em vez de usar termos como amor e paz, prefere
escrever merda e porra. Em vez de louvar
aspectos positivos da vida, opta por meter o cacete no que está errado, e assim
atrai o público, que provavelmente em sua maioria ou totalidade, também é e age
assim. E assim, levam a vida! E assim a vida deve continuar, principalmente com
esse reforço. Pensei, vou ser igual e diferente. Gostam de palavrão, então
tomem; vão pra puta que pariu. Está bom assim? Não? Então vão tomar no cu
publicamente. A frase assim, dita em uma reunião de professores, ouvi uma única
vez, em 1982, da boca de um discreto e elegante professor de História. Marcou,
porque ele jamais fazia isso; dizer palavrões. Sei que em certa idade da
infância ou puberdade é normal o indivíduo ter esse gosto, que volta com a
senilidade. Você se já está passando dos setenta, deve ter ouvido falar de
alguém que tem pai ou mãe vivos, sobre esse problema. Pense, não é problema, é
normal. Não dizem que na velhice voltamos à infância? Pois bem, entendo, só não
compreendo é que uma pessoa saudável, inteligente, faça isso toda a vida. Ficar
obsessivamente procurando blogs que falem de sexo e merda já se torna uma obsessão
doentia, assim como ficar sempre e apenas criticando o que há de errado no
mundo, falando de coisas negativas, de doenças, de azares e dores semelhantes. “Que
merda é essa?”
Isso
me aborreceu e deixou preocupado porque eu já fui assim, sério! Se não
estivesse criticando o governo corrupto, os patrões exploradores, os comerciantes
ladrões, coisas que todo mundo já sabia, mas fingiam me dar atenção e ouvidos
por gentileza; queixava-me da minha magreza, da garganta doendo e assim por
diante. Um dia alguém me mostrou como eu era e me chamou de hipocondríaco. Foi
uma dor imensa, marcou por vários dias, mas mudei. Não, não pense que mudei de
um dia para outro, levou muitos anos, mas hoje, meus familiares notam a
diferença. Aprendi a não ficar só me lamentando e criticando, mas fazendo
pequenas coisas que não me custam nada, ou muito pouco, e fazem bem às outras
pessoas; bem melhor do que ficar aporrinhando o ouvido delas com minhas
baboseiras. Ah! Você quer sugestões? Por exemplo, hoje ao deitar, procure
pensar, antes de adormecer, em coisas boas que você poderá praticar no dia seguinte.
Quando acordar, faça um propósito sério de não criticar, nem se lamentar, mas perdoar
e dizer coisas boas, fazer elogios e sorrir. Aqui, onde hoje vivo, é comum as
pessoas nativas cruzarem os olhos quando passam pela gente e cumprimentar: “Bom
dia!” No princípio, espantei-me, porque não era assim de onde venho, mas já me
acostumei e ando procurando os olhos alheios para antecipar-me e fazer o
cumprimento.
Sugiro
que observe à sua volta e dê lugar para que pessoas necessitadas se sentem,
ajude alguém a carregar bolsas e pacotes até o carro, ou qualquer outro meio de
condução. Um rapaz cedeu-me lugar numa longa espera em loja de telefonia
celular. Faz vários dias, mas até hoje eu agradeço mentalmente, porque estava
sentindo muita dor nas pernas e aquilo fez-me muito bem.
Outra
sugestão, se vai de carro, diminua a velocidade e faça sinal, gesto, para
alguém que quer atravessar a rua, para que passe. Pare até, se for o caso.
Tenho notado que as pessoas ficam inseguras se vai dar tempo e então demonstro
que as estou vendo e que não vou atropelá-las. Normalmente elas entendem e
passam; muitas agradecem, outras passam direto. Tenho achado lindo e divertido!
E tem feito muito bem, principalmente a mim. Porra, até me esqueci da
escatologia. Eu ia lhe dizer que se quer saber o que é escatologia, vá ao
dicionário, mas assim como facilitei a vida de quem queria atravessar a rua, facilitarei
a sua.
Não
vou usar termos de dicionário, mas informar que escatologia tem dois
significados; um é de que se refere ao gosto por termos e coisas asquerosas,
nojentas e o outro, da filosofia que indaga os fins últimos da existência.
Esta, com
certeza, foi a minha crônica mais escatológica. (Araruama 05/10/2015)
domingo, 4 de outubro de 2015
MANUEL BANDEIRA E A DÁLIA
Manuel disse que a dália
era uma flor plebeia.
Não concordo com Bandeira;
a dália pode não ser como a rosa,
não tem delicioso odor,
mas é uma flor formosa
que amo desde criança,
nos humildes jardins lá de casa
por minha mãe cultivada.
Sempre com amor e carinho.
Foi com saudade materna,
coração puro e alma terna
que plantei esta dália em meu caminho.
sexta-feira, 2 de outubro de 2015
MANUEL ANTONIO DE ALMEIDA
BIOGRAFIA de MANUEL ANTONIO DE ALMEIDA
Manuel
Antônio de Almeida, filho de portugueses pobres, nasceu no vapor “Hermes”, na
costa do Rio de Janeiro a 17 de novembro de 1831. Almeida ficou órfão de pai
aos dez anos de idade, tendo conhecido bem a pequena classe média urbana carioca
que mais tarde retrataria em seu único romance. Estudou desenho na Escola de
Belas Artes. Formou-se em medicina no ano de 1855. Para sobreviver, Almeida
desde cedo trabalhou no jornal o Correio Mercantil, ora como revisor ora
como redator. Nesse mesmo periódico, publicou as Memórias de um sargento de
milícias, de 27 de junho de 1852 a 31 de julho de 1853. Almeida não assinou
a obra, mas usou o pseudônimo “um brasileiro”. O autor ainda não tinha
completado 22 anos. Em 1858, Almeida ingressou como administrador na Tipografia
Nacional, onde trabalhava o aprendiz de tipógrafo Machado de Assis, na época
com 19 anos. No ano seguinte, Almeida foi promovido a Segundo Oficial da
Secretaria dos Negócios da Fazenda.
Morreu
num naufrágio, junto à ilha de Santana, a 28 de novembro de 1861, quando
iniciava sua carreira política. Ironia do destino para com o irônico escritor:
O mesmo barco que o viu nascer findou com ele, pondo fim às suas carreiras.
Ficou
consagrado com um único livro: Memórias de um sargento de milícias, cuja
publicação não trazia o nome do autor.
Posteriormente, a obra foi reeditada em dois volumes (1854-1855), com
alterações na ordem dos capítulos e assinado por “Um Brasileiro”. A obra ficou
um tempo esquecida, até que mais tarde, no Modernismo, voltou a ser valorizada.
Mário de Andrade apontou-a como precursora do seu Macunaíma.
BIBLIOGRAFIA
Memórias de um
sargento de milícias
(romance: 1852-1853), Dois amores (drama lírico: 1861) e uma Tese de
doutoramento (1855), além de traduções e esparsos no Correio mercantil.
quarta-feira, 30 de setembro de 2015
VELHO SAFADO
PARA LER ALGUMAS PÁGINAS DESTE LIVRO copie este endereço e cole na barra de navegação: https://agbook.com.br/books/search?utf8=%E2%9C%93&what=velho+safado&sort=&commit=BUSCA
domingo, 27 de setembro de 2015
JOSÉ DE ALENCAR, biografia
José de Alencar
BIOGRAFIA
José Martiniano de Alencar nasce em Mecejana (CE) a 1º
de março de 1829. Formou-se em Direito pelo Recife, tendo antes passado pela
Faculdade de Direito de São Paulo, onde fundou uma revista semanal de Ensaios Literários. Ao terminar o curso,
retorna ao Rio, colaborando diariamente com o jornal O Correio Mercantil.
Em 1856, iniciou famosa polêmica a
respeito de A Confederação dos Tamoios,
de Gonçalves de Magalhães, desentendendo-se com D. Pedro II, que era amigo
particular de Magalhães. No mesmo ano publicou seu primeiro romance, Cinco Minutos, uma historinha do tipo
“água com açúcar”, para distrair burguesinhas adolescentes. Em 1857, escreveu e
publicou na forma de folhetim o romance O
Guarani, como resposta à polêmica sobre a obra de Gonçalves de Magalhães.
Esse romance é uma atualização da epopeia, como se com ele estivesse dizendo
que, no século XIX, na literatura romântica, não havia mais espaço para a epopeia
em versos. O tempo é para a prosa, mais condizente com a modernidade.
Alencar candidatou-se a deputado
pelo Partido Conservador pelo Ceará e foi eleito. Em 1861, estreou na política.
Em 1868, ocupou o cargo de Ministro da Justiça. No ano seguinte candidatou-se a
senador pelo Ceará, tendo sido o mais votado, mas teve seu nome vetado pelo
imperador. A partir de então, dedicou-se inteiramente à literatura.
Viajou para a Europa, em 1877, em
busca de tratamento de saúde, pois havia contraído tuberculose, doença
incurável naquele tempo. Retornou ao Rio no mesmo ano, e ali faleceu. Estava
com 48 anos, e, embora ainda jovem, deixou-nos uma obra ficcional
importantíssima, tanto pela qualidade, quanto pela quantidade. Além disso, seus
romances oferecem um retrato do Brasil de Norte a Sul e do passado mais
distante (antes dos portugueses aqui chegarem) até a época em que o autor viveu.
Sua obra e sua vida representaram um verdadeiro combate contra a invasão da
cultura estrangeira, buscando sempre cunhar uma língua literária nacional, que
realmente expressasse a alma de nossa terra e de nossa gente. Nessa luta,
podemos dizer que se inserem os romances regionalistas, como Til e O Sertanejo.
BIBLIOGRAFIA
Destacaremos apenas os romances,
segundo a ordem cronológica de publicação: Cinco
minutos (1856), O guarani (1857),
A viuvinha (1869), Lucíola (1862), Diva (l864), Iracema
(1865), O gaúcho (1870), A pata da gazela (1870), O tronco do ipê (1871), Guerra dos Mascates (1871-1873), Sonhos d'ouro (1872), Alfarrábios (1873), Ubirajara (1874), Senhora (1875),
O sertanejo (1875) e Encarnação (1893).
* * * * * * * * * * * * * * * * * *
Transcrição do livro:
quarta-feira, 23 de setembro de 2015
Mini biografia de Almeida Garrett
Faço um estudo da obra FREI LUÍS DE SOUSA no primeiro livro, e no segundo, para a FUVEST, analiso VIAGENS NA MINHA TERRA, ambos do romântico português Almeida Garrett.
BIOGRAFIA
João Batista da Silva Leitão de Almeida Garret nasceu a 4 de fevereiro
de 1799, na cidade do Porto. O sobrenome Garret foi tomado de um ascendente
irlandês do pai. Aos cinco anos de idade, Garret vive nas quintas do Castelo,
às margens do rio Douro, perto do Porto. Depois da invasão francesa, a sua
família muda-se para Lisboa e em seguida para a ilha Terceira, nos Açores.
Nesse período, por volta de 1808, Garret inicia os seus estudos, completados
entre 1811 e 1814 pelo frei Alexandre, seu tio, que lhe proporcionou boa
formação vernácula e o introduziu na vida eclesiástica.
Em 1815, Garret abandona a batina e
parte para Lisboa, matriculando-se, no ano seguinte, na Universidade de
Coimbra, onde estuda Direito. Nos três anos seguintes, Garret adere às ideias
liberais, escreve uma tragédia, Xerxes,
e encena outra, Lucrécia. Dedica-se,
com afinco, à leitura dos românticos principalmente de Chateubriand.
Garret participa da Revolução
Liberal, a 24 de agosto de 1820, e luta contra o absolutismo. Participa do
movimento acadêmico que reivindicava o direito de voto dos estudantes, nas
eleições democráticas instituídas pela Revolução. Em 1821, forma-se em Leis e
encena sua tragédia Catão. Nesse
mesmo ano, conhece Luísa Midosi, com quem se casa no ano seguinte.
No ano do seu casamento, torna-se
motivo de escândalo e sofre um dissabor. A publicação do poema O Retrato de Vênus, desperta muitas
críticas por parte da imprensa conservadora, que julgava a obra obscena. Garret
é processado, mas consegue ser absolvido. Em 1823, após a contrarrevolução, que
introduz outra vez o absolutismo em Portugal, Garret vê-se constrangido a
refugiar-se na Inglaterra, deixando em Lisboa sua mulher. Procura regressar
clandestinamente a Portugal, mas é apanhado e exilado imediatamente para a
Inglaterra, onde trava conhecimento com a literatura romântica inglesa,
principalmente com a obra de Byron e de
Scott.[1]
Em 1824, por problemas financeiros
troca a Inglaterra pela França, onde, influenciado pelo Romantismo, escreve os
poemas Camões e Dona Branca, obras que servem de marco inicial para o movimento em
Portugal. Com a Carta Constitucional outorgada por d. Pedro IV (que foi D.
Pedro I no Brasil), criando um meio termo entre o absolutismo e o liberalismo,
Garret pode voltar a Portugal, reingressando no serviço público. Nesse período,
funda e dirige um jornal liberal, O
Português. Nessa época a contrarrevolução miguelista, adquire forças e D.
Miguel é proclamado legítimo rei de Portugal, com consequente volta do
absolutismo. Garret foge de novo para a Inglaterra, fixando-se em Londres e
depois em Birmingham. Em 1831, funda em Londres um jornal, O Precursor, através do qual anima os liberais a se reunirem em
torno de d. Pedro. A partir da França, uma expedição militar, de que ele faz
parte, sai para combater d. Miguel.[2]
Em
junho de 1832, essa expedição sai de São Miguel, nos Açores, e um mês depois,
desembarca próximo do Porto e toma a cidade. Durante esses eventos, Garret
inicia seu romance O Arco de Santana
e colabora na redação dos códigos criminal e comercial. Nesse mesmo ano, vai à
Inglaterra e França em missão diplomática para conseguir apoio à causa liberal.
No ano seguinte, consolidado o liberalismo, Garret é nomeado secretário de uma
comissão encarregada de propor um plano geral de educação e ensino público. Em
1834, é nomeado cônsul geral e encarregado de negócios junto ao governo da
Bélgica.
Em 1836, volta a Lisboa e divorcia-se
de Luísa. Funda o jornal político O
Português Constitucional e elabora um plano para a fundação e organização
do “teatro nacional”. É nomeado inspetor geral dos teatros e espetáculos
nacionais. Em 1837, é eleito
deputado, funda o jornal Entreato - Jornal
de Teatros e casa-se com Adelaide Pastor. Em 1841, vê morrer sua mãe e
também sua mulher. Em 1842, consegue eleger-se deputado pela terceira vez e
continua a brilhar na tribuna e na imprensa política. Interfere decisivamente
na discussão da reforma do ensino em Portugal e combate o aumento dos impostos.
Em 1846, depois da revolução
denominada “Maria da Fonte”, Garret é reconduzido ao cargo de cronista-mor do
reino. Nos quatro anos seguintes, Garret deixa a vida política, reduz a
atividade literária, que é substituída por intensa vida social. Em 1850, apesar
de sua oposição ao governo, torna-se vogal da comissão para o monumento a d.
Pedro IV, reabilitando, dessa forma o seu prestígio.
Em 1851, Garret é nomeado ministro
plenipotenciário para tratar de uma convenção literária entre seu país e a
França, recebe o título de visconde e ainda consegue eleger-se deputado mais
uma vez. Em 1854, abandona a vida política e social, recolhendo-se em seu lar,
sempre acompanhado de sua filha Maria Adelaide. A 9 de dezembro do mesmo ano,
Almeida Garret falece, em Lisboa.
BIBLIOGRAFIA
Poesia: O Retrato de Vênus (1821), Camões (1825), Dona Branca (1826), Adosinda
(1828), Lírica de João Mínimo (1829) Flores sem Fruto (1845) e Folhas Caídas (1853). Prosa de ficção: Arco de Santana
(1845/50), Viagens na Minha Terra (1846).
Teatro: Catão (1822), Mérope (1841), Um Auto de Gil
Vicente (1842), Frei Luís de Sousa
(1844).
[1] Entre as biografias
não vi referência a isso, mas aposto que também bebeu em outra fonte; Laurence
Sterne, que já publicara (entre 1759 e 1770) o seu romance digressivo A Vida as Opiniões do Cavalheiro Tristram
Shandy.
[2]
Os eventos de então são
utilizados na construção do protagonista Carlos (de A Menina dos Rouxinóis), que pode ser visto como um alter ego de Garrett.
domingo, 13 de setembro de 2015
POESIA NOSSA DE CADA DIA
Está previsto para 21 de novembro o lançamento do meu próximo livro de poesia, com noite de autógrafos, promovido pela Aaraletras; Academia Araruamense de Letras. Imagino a capa mais ou menos assim:
GERALDO
CHACON
POESIA
NOSSA
DE
CADA DIA
Poemas
2015
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