terça-feira, 25 de dezembro de 2012

BOAS FESTAS

Que seu Natal seja alegre,seja lindo
e seja só de alegrias o Ano Novo
que vem vindo!

domingo, 23 de dezembro de 2012

CACOFONIA

É um fenômeno da fala que ocorre quando o que dizemos pode formar um som desagradável ao combinar o som final de uma palavra com a sílaba inicial de outra. Exemplo: "Desculpe então", que pode ser ouvido como "descul pintão"; "está louco de raiva porque chegou há pouco de fora", que pode ser ouvido como "estalou o cu de raiva porque chegou a por o cu de fora". Essa é horrível, muito feia. Feio = caco + fono = som, logo cacofonia significa som feio, desagradável.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Terminal rodoviário Tietê

Ao chegar hoje, 21/12/2012, ao Terminal Rodoviário Tietê, tive um insight ao ver aqule número tão grande de gente, uns esperando alguém ou algo, outros se movimentando para lá e para cá. Aquele vozerio que era como o de um enxame de abelhas. Verifiquei que não havia nenhuma diferença significativa entre nós e aquelas formiguinhas ruivas, as lavapés. Não sei por que, pensei nas formiguinhas, porque poderia ser também as formigonas ou as abelhas. Creio que foi para abater mais o nosso orgulho e nos acharmos o centro do universo. Viva a humildade.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Deputado ladrão: microconto

Era um ladrão muito respeitado.

Só caiu na boca do povo

quando virou deputado.


de Carlos Seabra

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Sítio Roberto Burle Marx

Hoje à tarde visitamos o sítio Roberto Burle Marx e fomos ciceroneados e guiados pela Lívia. Obrigado Lívia! Pude conhecer um pé de coité, carregado. Daria para fabricar uns 20 berimbaus, para quem não sabe, é desse fruto que se constrói a caixa de ressonância do berimbau. Conheci também, cara a cara, em terceira dimensão a sapucaia, árvore que há muito desejava conhecer. E tantas outras, bonitas, algumas carregadas de flores. Ainda não pude baixar as fotos, mas colocarei mais algumas aqui outro dia. 
Essa simpática capela é do século XVII, se não me engano, ouvi Lívia dizer que foi construída em 1681. Uma obra histórica que merece ser conhecida. A casa de Burle Marx, assim como suas obras e de outros artistas que ele preservou e nos legou, tudo merece ser visto e apreciado. É pena porque há quem vive no Rio e nunca foi conhecer esse paraíso.

O sítio fica na Estrada Roberto Burle Marx, 2019, Barra de Guaratiba, e as visitas devem ser agendadas pelo telefone (21) 2410-1412.
Visite no You tube: Partida do Gama   http://youtu.be/YdeMoAQZvs0

O improviso do palhaço  http://youtu.be/SDiz1Mx1I6E

domingo, 16 de dezembro de 2012

Joyce e Alfredo Del-Penho. Viva a MPB!

      Ainda estou em êxtase, como sempre fico quando vejo um belo trabalho. Acabei de assistir pela TV o programa "Pequenos Notáveis" e fiquei maravilhado com a naturalidade, capacidade e talento do jovem Alfredo Del-Penho. Claro que o trabalho da talentosa Joyce já conheço há bastante tempo, mas esse rapaz apareceu-me à frente pela primeira vez e gostei tanto da sua voz, do seu saber, que já fui no Facebook e pedi que me aceitasse como amigo, em seguida fui ao You tube e vi três vídeos dele, vai um endereço aqui, de aperitivo, para quem mais quiser conhecê-lo: http://youtu.be/lT1WsHk2sUc
      Os dois juntos formaram um par tão harmonioso, seja cantando, ou comentando a vida e a obra dos artistas (o homenageado de hoje foi Chico Buarque) que parecem ter feito só isso na vida; estudar e cantar as canções daquele artista. Parabéns! Espero poder agora ter a oportunidade de vê-los ao vivo brevemente.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Dom Sebastião, o desejado

      Quando em minhas aulas, eu contava a história de Dom Sebastião, todos riam muito e alguns duvidavam do que eu dizia. Poucos chegaram a me dizer que eu pegava pesado demais na caracterização do rei, responsável pela publicação de Os Lusíadas, de Camões. Gostaria de dizer-lhes agora, se por acaso passarem pelo meu blog, que a coisa era muito pior. Naqueles tempos de aulas em colégios e cursinhos de São Paulo, eu ainda não havia lido o romance histórico de Aydano Roriz, intitulado O Desejado. Não investiguei ainda se tudo que ele escreve tem base em pesquisa séria, mas vejam o que encontrei:

"      - Do ponto de vista estritamente físico - continuou o cristão-novo -, às vezes a natureza comete algum engano e nos prega lá as suas peças, Sereníssimo. Crianças que nascem cegas ou cochas, por exemplo.
        - Sei...
       - O caso de Dom Sebastião sem dúvida é bem mais raro, mas no fundo é algo parecido. A natureza pregou-nos uma peça, fazendo que Sua Alteza nascesse com petrechos sexuais masculinos e femininos.
       - Do jeito que falas... - e Dom João fez ar de mofa - parece ser a coisa mais natural do mundo. Um homem com boiceta!... Só falta tu me dizeres que vão crescer-lhe os peitos!"

domingo, 9 de dezembro de 2012

FILOSOFIA - para você meditar a respeito

insight taoísta

Dizia Lao Tsé (e Guimarães Rosa retomou) que desejar algo demais, com muita ansiedade, é uma maneira de dificultar a consecução do que se deseja. Outro problema é desejar algo na hora errada, por exemplo, ficar embaixo de uma macieira na primavera, querendo encontrar uma maçã em uma árvore carregada de flores. No entanto, se voltar no outono, pode ser que, sem esforço nenhum, caia naturalmente em cima de você a maçã que não conseguira antes.
                                                     A partir de um trecho de Mais Platão, Menos Prozac, de Lou Marinoff

sábado, 8 de dezembro de 2012

REDUÇÃO DA BARRIGA

                   Você sabia que na China antiga o homem tinha que ter uma saliência abdominal para ser considerado pessoa de sucesso nos negócios e no amor? Naquele tempo um sujeito tanquinho seria considerado um verdadeiro fracasso e não conseguiria arrumar namorada. Bem, mas não estamos na China e nem no passado, dir-me-ão as moças e os rapazes de hoje, pois bem, pensando nisso, resolvi também entrar na linha de ajuda. Vou auxiliar você, que deseja diminuir essa projeção ventral; em primeiro lugar compre um vidrinho de óleo essencial de limão e outro de romã. Quando for efetuar a massagem, misture dez gotas de cada tipo de óleo e faça os movimentos que verá num vídeo que vou indicar. Quando se cansar desse vídeo, procure mais no you tube, que encontrará muitos outros.


http://youtu.be/3qUK6aietow

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

PAIXÃO E TORMENTA


Uma paixão ardente
é como forte tormenta;
prepara-se rapidamente,
mas muito tempo não aguenta.
Uma ardente paixão
pode ser também um tufão;
arde toda uma tarde,
mas no outro dia te deixa na mão.
                Agora veja essa rosa e pense a respeito dela. Eu pedi a uma senhora, dona de uma chácara que visitei, três mudas de uma roseira muito linda. A senhora graciosamente  disse que podia pegar quantas quisesse. Peguei apenas três e plantei-as em frente ao meu escritório, quando ainda morava na serra de São Roque, SP. Molhava-as todos os dias, adubei conforme me orientaram. Mesmo assim, uma delas morreu. Duas vingaram e essa aí foi a primeira rosa que colhi! Linda! Claro que a minha alegria era muito grande, nada comparada com a compra de outra igual adquirida em uma floricultura, sem nenhuma história. Amor é assim, não pode ser fugaz; é resultado de uma história, de um cultivo. Boa sorte a todos! 

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

LEO JAIME, SESI, RÁDIO MPB FM 90.3



              Hoje irei ao Sesi de Jacarepaguá, de novo, e verei às 20 horas o show do Carlinhos Lira. Espero que não aconteça o mesmo que na segunda-feira, dia 3, com o show do Leo Jaime. Eu sempre gostei do Leo, pelo que li dele e sobre ele, pelo que ouvi dele em entrevista, mas não posso dizer que acompanhei a sua carreira e conheço seus sucessos, embora tenha conhecido quase todas que ele cantou no Sesi, na segunda-feira. Acontece que minha expectativa ficou frustrada nesse primeiro show a que tive oportunidade de assistir. Não é uma reclamação, que o show era gratuito, mas creio que devo fazer isso para que o problema seja corrigido, como acho que pode ser feito. Aconteceu o seguinte: durante a apresentação eu conseguia entender metade das palavras que o Leo proferia. Julguei que era por estar na frente, perto da caixa de som, que estava muito alto. Então, retirei-me para a última fila e nada mudou, mas ontem, ouvindo o mesmo espetáculo pela rádio MPB FM 90.3, para minha alegria, constatei que entendia todas as palavras e os 8 músicos acompanhantes com seus instrumentos não me pareceram cobrir nem encobrir a voz do cantor, como achei que ocorria durante a apresentação ao vivo.
            Pedido meu aos técnicos: "Por favor, é possível conseguir o mesmo resultado para as apresentações ao vivo?". A torcida agradece. Abraços e boas festas a todos que trabalham no SESI e na rádio MPB, porque o trabalho de vocês é maravilhoso e gratificante.

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Barão de Itararé


Se você ainda não ouviu falar do gaúcho que ficou famoso como     "Barão de Itararé", vai aí um aperitivo, depois de ler faça uma pesquisa sobre esse impagável cidadão. São dele essas máximas:
. De onde menos se espera, daí é que não sai nada. 
. Mais vale um galo no terreiro do que dois na testa.

. Quem empresta, adeus...

. Pobre, quando mete a mão no bolso, só tira os cinco dedos.
. Quando pobre come frango, um dos dois está doente.
. Genro é um homem casado com uma mulher cuja mãe se mete em tudo.

. Cleptomaníaco: ladrão rico. Gatuno: cleptomaníaco pobre.

. Quem só fala dos grandes, pequeno fica.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

PALAVRAS SOLTAS


Bode, fracasso, tontura, embaraço,
Carrasco, borrasca, penhasco, amargura,
Tristeza, choro, vela, velório, funéreo,
Veneno, cachaça, ressaca, tortura.

Reação, combate, empenho, luta,
Mudança, transporte, salto, emoção,
Resultado, fundamento, alicerce,
União, massa, trabalho, construção.

Violão, palco, sonho, cantoria,
Comida, bebida, festa, convívio,
Pérola, preciosa, coleção, alegria,
Casa, cavalo, pagamento, alívio.

Palavras soltas alegram meus ouvidos
E jamais se parecem com mortalha,
Pelo contrário, quando tudo mais se embaralha
É que a vida, pra mim, faz mais sentido.

sábado, 1 de dezembro de 2012

SURPRESAS DA VIDA



                 O que vou contar agora aconteceu em outubro de 2009, quando ainda morava num sítio, na zona rural de Santa Isabel, vale do Paraíba. Vivia quase em isolamento completo, não dispunha de televisão nem telefone, via à minha volta só mato e pastos. Descobri em minha agenda daquela época a seguinte anotação:
               “Sempre tive a mania de me levantar à noite e andar às escuras pela casa. Dia desses, quer dizer, uma noite dessas, levantei-me para ir ao banheiro e não acendi a luz. Fui tateando até lá e quando passei pela porta quedei pasmo. Espantado. Tinha diante de mim um espetáculo inusitado. Havia pequenas estrelas pelo chão, pelas paredes, pelo teto. Uma dúzia delas. Lindas! Pequenas e cintilantes. Parecia que eu estava no céu, flutuando. Não entendi. Quedei em êxtase. Que seria aquilo? Era um micro universo dentro do meu banheiro. O meu sítio tem me reservado algumas pequenas surpresas, mas aquela era muito grande. Invoquei os espíritos de Borges e Cortázar para que me explicassem, mas antes de que algum deles se apresentasse, constatei que as estrelas se moviam em diversas direções e só então compreendi que eram vagalumes. Dezenas de vagalumes haviam entrado pela janela do banheiro que eu deixara aberta!”
            Relendo, eu consegui recuperar na memória que havia publicado esse fragmento no extinto site da editora Flâmula. Vou divulgá-lo outra vez, não porque haja qualidade estética, mas para que nos lembremos de que muitas vezes a alegria da vida pode estar em pequeninas surpresas do cotidiano.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

VIAGEM DE IGARATÁ A JACAREÍ parte II

(Leia a postagem de ontem primeiro) As conversas giram em torno de fatos passados que interligam essas pessoas, brincam umas com as outras, ironizam, riem. Falam de pastelaria e isso é alguma indireta que tem a ver com um outro cobrador que acabara de entrar no ônibus e na conversa. O rapaz fica acabrunhado, todos riem mais ainda. Nem parece uma viagem tediosa de ônibus, é algo mais semelhante a um piquenique ou encontro na mesa de um bar. O tempo corre mais veloz do que o ônibus. Já estamos chegando em Jacareí. Falam da Xuxa e com o tempo descubro que não tem nada a ver com a velha moça da TV, mas com a outra senhorinha que havia entrado depois, que eu chamei de coetânea. A primeira já havia descido, ou apeado do ônibus como diziam na minha terra. A morena desce, em seguida a senhorinha Xuxa, que comenta sobre uma conhecida que estava dançando e, no salão mesmo, caiu e morreu, rapidinho, daí conclui filosoficamente “por isso, não julgo ninguém, tem que aproveitar a vida, porque ela passa muito rápido e não volta mais”. Perco algumas coisas que ela diz e só ouço uma brincadeira quando já está no último degrau da escadinha: “...eu dou uma por mês”. Fiquei admirado, mas ela explicou sorrindo “todo dia 5 eu dou uma... ajuda para o meu marido, ajudo a pagar o aluguel” e se foi, deixando um sorriso em cada rosto. Essa é a vida que devemos ter. Isso é uma cidade em que ainda podemos recuperar nossa cultura popular. Esse é o verdadeiro povo brasileiro.
                Agora é domingo, quando estou registrando isso, e o programa Word avisa-me que está errado o que escrevi acima “chegando em Jacareí”, eu sei, a língua culta avisa que devemos usar a preposição “a”, mas eu não quero a língua erudita, quero a fala do povo, “a língua errada do povo, língua certa do povo, porque ele é que fala gostoso o português do Brasil”, como dizia Bandeira.
Por de sol em Santa Isabel, foto de Janice Rugani

domingo, 25 de novembro de 2012

DE IGARATÁ A JACAREÍ parte I


                Hoje é sábado, 24 de novembro, puxa vida! Falta um mês para o natal! Ontem passei o dia em Santa Isabel, resolvi algumas coisas, encaminhei outras, dormi aqui em Igaratá e agora vou para Jacareí, pegar um ônibus para o Rio. Mostro meu documento para o cobrador e me sento no banco atrás do motorista. Uma senhorinha, que aparenta ter mais primaveras do que eu e alguns outonos de gorjeta, sai do banco do outro lado e vem sentar-se atrás de mim. O ônibus já está se movendo e o motorista revela preocupação com ela, tem receio de que venha cair e se machucar. Por isso, toma cuidado com o que faz e diz a ela:
                − Cuidado! Vá com calma, segure bem!
                Ela assegura que não há problema e eu a observo melhor. Tem boa aparência, magra e seus movimentos são tranqüilos, calculados, embora já revelem a falta de força própria da nossa idade. O ônibus já roda na rodovia D. Pedro e mais passageiros entram. Entra uma morena jovem e bonita, simpática, que inicia conversa com o motorista e o cobrador. Isso é cidade pequena, típica do interior. As pessoas se conhecem, conversam. Ela pede notícias da esposa do motorista. Eu me alegro por estar entre gente tão simples, tão humana. A moça sorri, um riso largo e bonito, belos dentes. Eu fico mais alegre ainda, porque aquele sorriso irradia confiança na vida, esperança por dias melhores. Entra mais uma senhorinha, outra coetânea minha, brincam com ela, a conversa fica mais animada, todos se conhecem. Ninguém me vê. Que bom poder viver assim. Recordo o poeta espanhol que dizia isto lá pelo século XVII: “As pessoas na grande cidade sentam-se juntas para se desconhecerem (quer dizer: não conversam) e falam com palavras vestidas de silêncio (falam, mas vazias, não se comunicam)”. (Continua amanhã)

A foto do por de sol é do meu sítio em Santa Isabel.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

FESTIVAL DE 67

Se você tem mais de sessenta vai gostar de revi-ver essas cenas
http://www.youtube.com/watch?v=FOsXaaW4Pkk

LUIZ GONZAGA

                 Prezados amigos de São Paulo! Fiquem atentos e logo que aparecer uma oportunidade, procurem ver essa turma em cena.
            Pessoal do Rio, vocês ainda podem ver até 16 de dezembro, aproveitem! 

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

A CRISTO



Na incapacidade
de esculpir o mármore,
de pintar a tela
e compor uma sinfonia,
para Ti fiz este pequeno monumento
                                               ... de palavras.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

COLÉGIO BANDEIRANTES

          QUANTA ALEGRIA!

           Estava revendo antigas fotografias e li no verso de uma delas o seguinte recado:


          "Chacon: Acredito que as pessoas são colocadas no mundo porque nele devem cumprir uma tarefa. Uns possuem tarefas mais fáceis do que outros, porém todas são igualmente dignas. A sua tarefa além de digna é especial; despertar a sensibilidade e a poesia adormecidas dentro de cada um não é nada fácil, mas você consegue. O amor passado através de suas aulas, que além de literatura ensinam a sentir, fez de mim uma pessoa que aprendeu a viver e a se emocionar. Tudo o que aprendi com você vai ficar pra sempre dentro de mim, pois atingiu muito mais fundo do que simplesmente a minha memória. Saiba que a sua tarefa está sendo cumprida e muito bem cumprida. Só te peço que nunca desanime mesmo que a vida (não deu pra lerpois o mundo precisa das poucas pessoas como você que ainda possuem sentimentos."
           Assinado: "com carinho, Cláudia, 1988, Colégio Bandeirantes, turma 347".


          Chorei é claro, de alegria. Essas turmas (346, 347, 348) eram constituídas só de meninas, todas lindas, inteligentes, sensíveis. Parece absurdo, mentira, mas eu tive essa alegria, trabalhar com estudantes que se dedicavam ao estudo e respeitavam seus mestres. Os rapazes também eram ótimos, a turma 301, assim como a 316, então, só apresentavam feras. Depois que saí de lá não tive mais contato com ninguém até que, certo dia, em Taboão da Serra, fui consultar uma oftalmologista e ela me recebeu com um doce sorriso: "Professor, eu fui sua aluna no Band." Que bom seria se isso acontecesse mais vezes. Saudades, saudades...

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

sábado, 17 de novembro de 2012

Era Uma Vez Eu, Verônica



             Para quem gosta, como eu, de prestigiar a arte nacional, recomendo o filme Era uma vez eu, Verônica. O filme revela as reflexões da protagonista, que as registra em um gravador, que enfrenta seu início na profissão médica, atendendo em um hospital público, enquanto lida com problemas pessoais como: pai doente, com os dias contados; mudança de residência, porque prédio vai sofrer reforma geral; dificuldade em afeiçoar-se ao namorado, pois somente o sexo lhe dá satisfação. O papel é interpretado por Hermila Guedes e o namorado por João Miguel, que não encontra aqui oportunidade  para maiores arroubos interpretativos, enquanto W.J.Solha, que interpreta o pai José Dias, está perfeito no papel. Agora quem dá um banho de interpretação, quem arrasa mesmo eu só posso indicar a personagem, porque não conheço a atriz, mas vá ver e observe as expressões da paciente que se queixa à Dra Verônica de dormir muito e não encontrar qualquer alegria na vida, apesar de ter boa família, de gostar do que faz no trabalho e do que estuda na faculdade.
            Através do filme você depara com a realidade de um Recife com mais problemas do que beleza. As imagens (bela fotografia de Mauro Pinheiro Jr) feitas em um Hospital Público do Recife, Hospital das Clinicas, e da lanchonete de orientais em que Verônica compra comida são de um realismo praticamente naturalista, com atores amadores, com certeza, aumentando a carga de denúncia da história, mas sem cair no panfletarismo. Minha companheira reclamou das longas sequências com a câmera fixa e imóvel, eu, no entanto, senti que não podia ser diferente, vendo nessa técnica uma forma de realçar a problemática da incomunicação e isolamento das pessoas na sociedade urbana, gerando em nós, espectadores, uma angústia com o problema. Em mim brotou um desejo de solidarizar-me com elas e de fazer algo para minorar o problema, pelo menos nos lugares em que eu estiver.
            Lembrei-me agora de uns versos de um escritor barroco espanhol, San Juan de La Cruz, que dizia mais ou menos assim: “As pessoas na cidade hoje em dia sentam-se juntas para se desconhecerem e falam com palavras vestidas de silêncio”.
Prêmios: O filme competiu no 45º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro e conquistou prêmios de: “melhor filme – júri oficial”; “melhor filme – júri popular”, “melhor ator coadjuvante” para W.J. Solha, “melhor roteiro” para Marcelo Gomes, “melhor fotografia” para Mauro Pinheiro Jr, “melhor trilha sonora” para Karina Buhr e Tomaz Alves Souza, e o “prêmio Vagalume de melhor longa-metragem”, avaliado por um júri constituído por deficientes visuais.

GONZAGÃO, A LENDA

                Ontem eu vi que quando você pensa que não há mais nada que lhe possa causar impacto, quando você acha que viu tudo, vem uma surpresa e lhe bate na cara como um soco, uma porrada bem forte! Constatei que há muita gente louca no mundo, João Falcão é uma delas, graças a Deus, e mais loucos são os atores que trabalham com ele. A loucura é o que salvará a terra, é o que leva o mundo para diante, loucos como Santos Dumont, Galileu e vários outros. Bem, não vou analisar o espetáculo Gonzagão, a Lenda, porque não tenho o saber para isso, mas vou dizer da minha emoção e da platéia toda, porque os aplausos foram constantes, em cena aberta, e muitas vezes. No final, logo que o primeiro ator adiantou-se para os agradecimentos, o teatro todo, lotado, pôs-de de pé e expressava seu agradecimento por aquela loucura toda com elogios gritados e palmas frenéticas. É, a loucura contagia! Voltei para casa, ora rindo, ora chorando, e o tempo todo cantando: "Eu já estou roendo unha e a saudade é testemunha do que agora vou dizer" eu já estou morrendo de vontade de voltar e ver tudo de novo, mas antes eu preciso ver os "Clandestinos". Eu me tornei apaixonado por João Falcão desde que vi "A Máquina" no Sesc do Belenzinho, em Sampa, isso já faz mais de dez anos. Em Gonzagão o figurino é um disparate, uma alucinação de Salvador Dali, no entanto, parece tudo muito harmonioso e quebra qualquer atitude realista que pudesse existir. Os atores se agitam e correm e pulam o tempo todo que o palco parece aumentar de tamanho e o tempo se esgota sem que alguém possa ter qualquer sensação de tédio. Os atores são primorosos e eu gostaria mais mesmo era de poder ter assistido aos ensaios. Como será que esse demônio dirige? Será que esse lunático é tirânico como certo diretor que me iniciou no mundo da representação e um outro muito famoso? Será que é folgazão e libertário? Eu pagaria mais do que o valor do ingresso para ver um ensaio só, um ensainho só! E as músicas? Os arranjos! Ah, não vou falar mais nada, vá você ver e tire suas próprias conclusões. É massa, é irado, é muito louco e muito mais. Vá que ainda dá tempo, mas chegue cedo que a fila é grande, está no Teatro Sesc Ginástico do Rio, mais informações no www.sescrio.org.br

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

EXCELENTE SITE PRA PESQUISA de estudantes e curiosos inteligentes

CHUVA

Atravessei o pátio de meu avô correndo na chuva fria, com o gato Ernesto abrigado no colo.
Entrei em seu gabinete iluminado pela lareira e ele me recebeu com um abraço:
- Que é isso, rapaz? Tele-entrega de gato? O que é que você faz por aqui num dia aquoso destes?
- Tive vontade de lhe dar um alô e não ia ser uma chuvinha que me ia impedir, Vô. Ao passar pela cozinha achei que o seu gato estava querendo estar com o senhor também.
- Ah, gestos assim não têm preço. Tire seu casaco molhado, coloque este aqui, sente-se mais perto do fogo. Que tempo, hein?
- Falando nele, de onde veio a palavra chuva?
- Ah, estava demorando para entrarmos em nosso assunto predileto. Pois chuva não apresenta grande complicação: veio do Latim pluvia, “chuva” mesmo. Deriva de uma fonte Indo-Europeia pleu-, “agitar a água”.
Em linguagem atual ela também gerou pluvial, “referente à chuva”.
- E quando ela é fraquinha, daquelas que apresentam umas gotinhas pequenas e escassas?
- Nesse caso temos a garoa. Sua origem é discutida, mas predominam os que dizem que ela vem do idioma Quéchua, através do Espanhol garúa(...)

Quer saber mais? Visite o site  http://origemdapalavra.com.br

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

AMOR UNIVERSAL



Trago nos olhos a água
nascida na fonte da serra.
Na boca... na boca trago terra
de tantas vezes ter ido ao chão.

Nas mãos trago uma roseira de luz
onde poesia é espinho ou flor.
No ventre trago a fome de mil gerações,
no peito mais de mil corações
e, no coração, um infinito amor.
Esta é a serra do Caraça, perto da casa em que nasci.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

VOCÊ É...

Você é a saudade que eu tenho
De tudo que é bom na vida:
a cana, a garapa, a rapadura,
a roda girando no engenho,
crianças brincando, pais na lida;
cavalo impaciente batendo a ferradura,
meninas brincando de ciranda
e avós observando tudo da varanda.

Você é meu bodoque, meu pião,
minha varinha de pescar
melhor do que a varinha de condão.
Você é tudo que é doce:
Pé-de-moleque, mel e mamão.
Fruta apanhada fresquinha no pé:
laranja, manga, melancia, melão.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

ELEFANTE BRANCO



                  Sábado passado (3/11) fomos ao Clube do Professor e assistimos ao filme argentino Elefante Branco, com Ricardo Darin. Surpreendente o trabalho do diretor Pablo Trapero e de toda a equipe. Fiquei pasmado de admiração naquelas cenas de maior movimentação, em que grande número de atores (a maioria deles amadores) em movimento constante em plano-sequência sem corte e, apesar disso, não há por parte da criação artística nenhum descontrole, nenhum indício de que algo tenha escapado ao que previamente estava determinado pelo roteiro. Nada parece acidental na ação e, outra qualidade excepcional; mesmo nas cenas noturnas ou de temporal a imagem deixa de ser o suficientemente nítida para que o espectador possa captar o que deve ser transmitido. Ótima lição para quem faz cinema, sem querer ofender, mas como lição de que se pode tirar proveito, recomendo à equipe que gravou Gonzaga de pai para filho, que veja esse filme. Outra lição, triste, que o filme argentino nos transmite é que a miséria, o vício, o desrespeito, a violência em todas as suas formas, tudo isso não tem pátria. Tanto aqui, como lá, e em outros países, vamos encontrar as condições de vida precárias e todas as consequências disso. Lembrei-me de uma frase, embora não me lembre do autor, que encerra dolorosa verdade: "O poder corrompe, mas a miséria corrompe muito mais". Triste de nós que não vemos caminhos para a solução de problemas tão graves.
Acreditamos que nos desenvolvemos, que evoluímos, que somos melhores que as pessoas e  a sociedade da Idade Média, mas vendo nossa realidade atual, fico com dúvidas dolorosas. O pior é que muitos de nós preferem ignorar, fugir, não ver filmes com esse tipo de mensagem, enfim, lavar as mãos como Pilatos. Por isso invejo meu amigo Fernando, de Petrópolis, que está iniciando um trabalho em comunidade carente de sua cidade. Desejo-lhe muito sucesso e espero começar algo assim no ano que vem. O homem não é uma ilha, como dizia Donne, mas muita gente faz o maior esforço para se tornar uma.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

BOM TEATRO SE CONSEGUE ASSIM

            Para uma peça de teatro ficar boa é necessário, em primeiro lugar, um bom texto, caso contrário nem os melhores atores conseguiriam salvar o espetáculo. Mas, cuidado, até um bom texto pode se tornar prejudicial, caso se estenda mais do que deva, porque nesse caso torna-se cansativo e pode entediar, se não toda, pelo menos uma parte da platéia. Um bom texto, conciso, fica melhor se tiver alguns toque de humor e abordar criticamente problemas de nossa realidade, de nosso cotidiano. Tudo isso e muito mais a gente encontra na peça Cucaracha, texto do premiado dramaturgo Jô Bilac. O diretor Vinicius Arneiro, com direção minimalista, realiza um excelente trabalho retratando a relação – ora cômica, ora delicada – entre uma paciente (Júlia Marini) e a enfermeira (Carolina Pismel) que a acompanha durante anos de internação hospitalar. As duas atrizes primorosamente arrancam risos e exclamações da platéia desde as primeiras cenas, mantendo a emoção até o apagar das luzes. O espetáculo transita do sério para o humor e do absurdo para o realismo com tranquilidade e desenvoltura. Há uma cena em que o trabalho de Carolina Pismel deixou-me encantadíssimo, porque consegui isso uma única vez, quando interpretava a montagem paulista de Memórias Póstumas de Brás Cubas, quando no grupo RIA. E ela, no mesmo dia, fez isso duas vezes. Acredito que Constantin Stanilasvski ficaria maravilhado. Você tem só até dia 11 de novembro para assistir, no Centro Cultural do Banco do Brasil, Rio de Janeiro. Tel.(21)3808-2020 para mais informações. Veja uma foto da peça feita por Paula Kosssatz:

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

GONZAGÃO E GONZAGUINHA



Acabo de sair do cinema, onde assisti ao filme do Breno; Gonzaga de pai para filho. Claro que me emocionei com o problema de relacionamento entre pai e filho, porque vivi isso a vida toda, por isso quase chorei quando os dois se abraçaram, porque não consegui chegar a esse ponto na minha história pessoal. Excelente apresentação, como sempre, do João Miguel (que já trabalhara em "À Beira do Caminho", do mesmo diretor) e da atriz  que interpreta a mãe do Lua quando adolescente. Outro grande acerto foi a escolha do ator que interpreta Gonzaguinha. Lamento contudo o tom sombrio da fotografia, creio que para dar o clima de coisa antiga, mas é pena, poder-se-ia resolver isso de outra forma, apesar de não ter conhecimento técnico para tal. Cansou-me ver imagens pouco nítidas, o tempo todo, mesmo quando era dia alto, claro, a fotografia estava como nublada. Pensei que quando chegasse aos anos sessenta aquilo mudaria, mas não, foi até o fim. A fotografia de À Beira do Caminho ainda me traz boas lembranças. Contudo, vale ver o filme, mesmo assim.

MINI POEMA



O trabalho gráfico é do meu amigo Mário que conheci no Ponto de Cultura de Igaratá, quando elaboramos o curta "Desencontro".

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

HOJE ESTOU ZEN

Eu ainda continuo sonhando com um mundo melhor, nesta ou em qualquer outra dimensão. Sempre fui um sonhador, não sei se fruto de signo ou se resultado de tanta leitura romântica.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

ESTOU COM NOVA CARA

Retirei parte da barba, agora vou deixar cavanhaque.
Hoje passei em frente ao palácio do Catete (mas não entrei), conheci o Paço Imperial (que visitei), após fazer o registro autoral de uma obra literária no EDA. Almocei ali por perto e me preparei para visitar a exposição da pintura impressionista francesa, mas desisti quando vi o saguão do CCBB lotadíssimo e uma fila enorme de gente esperando. Resolvi deixar para outro dia, porque estou mais para Tim Maia; quero sossego!

terça-feira, 23 de outubro de 2012

NOVIDADES E SAUDADES

       Novidades no ar, ouçam belas canções, muito bem selecionadas, na rádio Chapada do Araripe, no blog http://cariricaturas.blogspot.com.br . Pois é, há muita coisa boa na internet, não entendo por que o pessoal fica vendo e ouvindo tanta porcaria por aí. Há que garimpar e selecionar. Por falar em caricaturas, vejam o que acabei de encontrar em velhos arquivos:
          Não me lembro mais do autor, mas captou algo em mim que uma foto não revelaria. Que saudades daqueles tempos em que me matava em cima de um tablado enquanto algum aluno, ou aluna, folgadamente ficava me caricaturando.
          Esta outra foi feita por um professor do Paraná, Cyrillo, na época em que eu ministrava palestras de atualização para professores na Universidade do Professor, em Faxinal do Céu; um verdadeiro paraíso.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

A imprensa, no Rio de Janeiro, não me parece merecer respeito nem consideração por parte dos poderes públicos. Você talvez se pergunte por que cheguei a essa conclusão. Explico que não é por causas atuais, porque não tenho lido jornais, ouvido rádio, nem assistido aos noticiários televisivos;  exceto quando estou em alguma sala de espera ou restaurante que mantenha uma televisão ligada. Acontece que precisei procurar o EDA para registrar os originais de um romance que terminei de escrever e anotei o endereço: rua da Imprensa, número 16. Procurei pelo centro, perguntei a 16 pessoas e fiquei espantado; ninguém sabia onde era. Nem os motoqueiros, que costumam conhecer toda a cidade, souberam me informar. Com muito custo e um pouco de sorte, um senhor que passava e ouviu-me pedir ajuda, informou. Deu a orientação correta e ao chegar ao local, fiquei muito espantado por não encontrar a rua, mas ali estavam todos os pontos de referência. Entrei numa livraria e o homem se riu ao ouvir a minha pergunta, questionando por sua vez: "é o número 16 que o senhor está procurando?" Confirmei e ele apontou o prédio em frente, ou seja, eu estava na rua, mas nela não havia placa indicativa e o prédio sequer tinha número, apesar de ser um prédio público. Detalhe complementar: a rua tem menos de 100 metros, e nem parece rua, na verdade é praticamente um pátio. Esse é o Rio, Velho Rio! Ex sede do governo,  cidade maravilhosa, mas só pela natureza.

domingo, 21 de outubro de 2012

Ah! ENTENDI!

Chii, estou ficando maluco, descobri que fui em mesmo que postei.

sábado, 20 de outubro de 2012

QUERO SÓ ENTENDER!

 Digitei meu nome no Youtube, para ver se encontrava o curta Des(E)ncontro ou Desencontro, filminho que fiz em Igaratá com o pessoal do Ponto de Cultura, e para minha surpresa, encontrei um trecho de Os Lusíadas, que fiz há muito tempo. Apenas um fragmento em que falta o início e o fim do canto. Será que, eu que não sei enviar, consegui fazer isso algum dia e esqueci?  Veja:

http://youtu.be/YdeMoAQZvs0

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

ARRAIAL DO CABO, RJ

O paraíso devia ser assim! Adão e Eva sozinhos e um marzão à frente. Aquele fazendo alongamento não é o  pai de todos, mas eu mesmo, em um dia de temperatura agradável, com minha amada, um mar tranquilo e essa praia deserta. Essa é a famosa Prainha de Arraial do Cabo. Até um pingüim (acho uma indecência pinguim sem trema) apareceu pertinho da areia. Quando saio daí, vou para casa, que fica do lado da lagoa de Araruama e veja com o que me deparo:

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Foi meu amigo Zepa que enviou essa imagem. Gauguin com esse quadro me tirou o fôlego, já pus como descanso de tela. Fiquei com muita vontade de voltar a estudar pintura. Mas amanhã preciso resolver algumas coisas em Arraial do Cabo e lá ficarei até dia 15. Significa que só depois disso posso pensar em planejar ou pensar a voltar ao desenho e pintura. Antes disso, nem pensar.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Se eu fosse pintor, não fotografava. Veja que coisa mais fofa para ser registrada numa tela com tinta óleo. E tem nome de imperador: Augusto. Por falar em pintura, meu amigo Zepa postou uma imagem de quadro do Gauguin muito linda, mas não consegui anexar aqui. Talvez vá outro dia.

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

DE VOLTA AO LAR

Estivemos em Arraial do Cabo e a correria foi tanta que nem fomos à praia, mas já estamos arranchados com fogão e geladeira e colchonetes no chão.

domingo, 30 de setembro de 2012

DEZENOVE NÃO É VINTE


Domingão lindo e eu, de  novo, no Teatro Sesi, vi o espetáculo “Dezenove não é Vinte” da Cia. as duas, com texto original, escrito e dirigido por Marcelo Morato, comédia preparada para espectadores de todas as idades, em particular crianças e adolescentes, que riram muito durante a apresentação. Mesmo o problema de som, que ficava mais alto do que a voz dos atores, não impediu que gostássemos e curtíssemos o trabalho dos três artistas. Meus parabéns para o Marcelo Morato pela criação do texto.

Terminada a apresentação, fui com minha amada ver a lua nascer no morro da igreja da Pena, coisa mais linda! As luzes da redondeza, Freguesia, Tanque, Pechincha e Barra lá longe; essas luzes vistas de lá do alto são de muita beleza, fenômeno de tirar o fôlego. A subida a pé também.

sábado, 29 de setembro de 2012

Poeminha do contra

INSATISFEITOS

Lemos nas linhas
Das mãos de Vênus
Que o que temos
É muito menos
do que devemos
ter.
Revendo minha cidade natal; Santa Bárbara, MG.
O show do Quarteto em Cy revelou-me mais um artista da MPB; Chico Farias ( não estou seguro se há ou não o s no final), parece-me que ouvi assim, que cantou com mestria: "O SOL há de brilhar mais uma vez, a luz há de chegar aos corações, do mal será queimada a semente (inversão de será queimada a semente do mal), o amor será eterno novamente, ... quero ter olhos pra ver a maldade desaparecer!"

CIA DE TEATRO MEDIEVAL, vale a pena conhecer.

Ontem, no Teatro Sesi, da Geremário Dantas, aqui pertinho de casa, um tiro de espingarda, fui ver a peça "Enganado, surrado e contente", com a cia de teatro medieval e fiquei encantado com a destreza, leveza, precisão de movimentos e felicidade misturada com facilidade com que brincam e comunicam com as variações de tom de voz. Vós precisais visitar o cantinho deles: ciateatromedieval.com e, minha mulher que me perdoe, mas estou apaixonado pela Marcia Frederico.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

A arte é a melhor parte.




Houve uma época em que reservei tempo para desenho e pintura, não fiz nada de excepcional, não me arrependo de nada do que fiz, só me arrependo de ainda não ter voltado a brincar com o carvão e os pincéis. Ainda sinto saudades do cheirinho da tinta e do prazer que isso me proporcionava. Quer um conselho? Faça mais arte e gaste menos tempo com a arte dos outros, a sua pode não ser melhor, mas é sua e lhe dará mais prazer, pode crer.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

PACO BANDEIRA, o Vandré luso que não para.

Sempre gostei  do compositor e cantor português Paco Bandeira, procurei por ele no You tube e descobri que acabou de ser proibido e processado por mostrar que em Portugal, como aqui, grassa a corrupção e a alienação, vejam e divulguem
http://youtu.be/CYWsCzwth4Y

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Mineirice

SER MINEIRO

A minha terra não tem mar.
Só há serra na minha terra.
Por isso a imensidão me apavora
E o recolhimento me consola.
Talvez também por isso,
evito derramamentos
e muitas vezes me concentro,
me apequeno,
me aborreço,
às vezes até desapareço.

Na foto a mineira dona Antônia e o filho Fernando, que nasceu em Belzonte, MG.
O local da foto é a antiga rua 7 em Ermelino Matarazzo, por volta de 1969.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Por falar em Paraíso, já ando rezando para garantir meu lugarzinho lá. Enquanto não chega o dia, vou me abancando em Arraial do Cabo, treinando para o salto maior.


O show do Quarteto em Cy revelou-me mais um artista;
Chico Farias, que cantou magistralmente:

Juízo Final

de Nelson Cavaquinho

O sol....há de brilhar mais uma vez
A luz....há de chegar aos corações.
Do mal....será queimada a semente.

O amor...será eterno novamente.
É o Juízo Final, a história do bem e do mal.
Quero ter olhos pra ver, a maldade desaparecer.

Que pérola mais linda, tão pequena, mas tão bonita e ambiciosa, mas quem sabe se todos nós cantássemos esses dois tercetos todo dia, pela manhã e à noite ao encerrar nossas atividades, essa mágica aconteça um dia e a maldade desapareça de vez. Haleluia! Vamos tentar? Seria o paraíso aqui na terra.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Bom de se ver.

Cometi imperdoável engano em postagem anterior, o nome correto do espetáculo é CABARÉ CANCELADO e não show cancelado.

Um filme que me agradou e divertiu muito foi OS INTOCÁVEIS, nada a ver com o filme anterior sobre prisão de mafiosos. Jamais pensei que poderia rir da desgraça alheia, mas que atores!!

Hoje verei um show do Quarteto em Cy, claro que dispensa comentário. O que é melhor, no Teatro Sesi, que fica  aqui em Jacarepaguá.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Vejam no Tucarena, SP, Expresso do Por do Sol. Direção de Fabio Assunção que trouxe um time de primeira do nosso teatro. No elenco Cacá Amaral e Guilherme Sant’Anna, atores reconhecidos por importantes premiações do teatro brasileiro. A direção de arte e figurino ficaram sob a responsabilidade de Fábio Namatame, enquanto a iluminação ficou a cargo do meu sobrinho: Caetano Vilela. Confiram!

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Lutador

Terça e quarta estive em Sampa, participando da despedida do sobrinho Eduardo Chacon, pequeno grande guerreiro. Pequeno porque miudinho, grande porque lutou sem desistir e viveu com dignidade até o último minuto. Nascera com a morte anunciada, nós também, mas não com a passagem na mão, daí nos esquecemos. Ele, ao contrário, de coração defeituoso, esteve sempre sabendo que sua permanência aqui era por pouco tempo. A fragilidade de sua parte material, física, era evidente, constatada cientificamente. Para compensar desenvolveu um espírito lutador, estudioso, não por prazer, porém pela consciência madura da necessidade do conhecimento para abrir caminhos. Não contei, mas calculo aproximadamente que pelo velório havia para cada parente pelo menos 2 pessoas estranhas; colegas de trabalho e conhecidos. As muitas flores e coroas são outra confirmação de quantos amigos conquistou em seu meio profissional.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Espetáculos que recomendo muito, não percam:
 Teatro - A Descoberta das Américas, A Alma imoral e Show Cancelado, sobre esse último direi que há anos não via um espetáculo de mímica e Ana Carolina surpreendeu-me. Nada contarei porque há que surpreender-se a cada situação e o seu suspiro ou exclamação de surpresa é que confere nova linha de desenvolvimento ao espetáculo. Logo, vá surpreender-se e não me pergunte nada.

Cinema - Recomendo À Beira do Caminho, ficção que mexe com os nossos sentimentos, emociona do início ao fim. Vale a pena ver também o documentário Vou Rifar meu Coração, que bem mais do que lançar olhares perscrutadores sobre o mundo brega, desnuda sem análise o mundo da pobreza, ou seja, da maioria que carrega esse país nas costas.
Padre Antônio Vieira viveu no Brasil no século XVII e veja o que disse ele sobre os homens do poder:
"Não são só ladrões, diz o santo, os que cortam bolsas, ou espreitam os que se vão banhar para lhes colher a roupa; os ladrões que mais própia e dignamente merecem este título são aqueles a quem os reis encomendam os exércitos e legiões ou o governo das províncias, ou a administração das cidades, os quais já com manha, já com força, roubam e despojam os povos. Os outros ladrões roubam um homem,estes roubam cidades e reinos; os outros furtam debaixo do seu risco, estes sem temor nem perigo; os outros, se furtam, são enforcados, estes furtam e enforcam."
(Pe. Vieira)