Manuel
Antônio de Almeida, filho de portugueses pobres, nasceu no vapor “Hermes”, na
costa do Rio de Janeiro a 17 de novembro de 1831. Almeida ficou órfão de pai
aos dez anos de idade, tendo conhecido bem a pequena classe média urbana carioca
que mais tarde retrataria em seu único romance. Estudou desenho na Escola de
Belas Artes. Formou-se em medicina no ano de 1855. Para sobreviver, Almeida
desde cedo trabalhou no jornal o Correio Mercantil, ora como revisor ora
como redator. Nesse mesmo periódico, publicou as Memórias de um sargento de
milícias, de 27 de junho de 1852 a 31 de julho de 1853. Almeida não assinou
a obra, mas usou o pseudônimo “um brasileiro”. O autor ainda não tinha
completado 22 anos. Em 1858, Almeida ingressou como administrador na Tipografia
Nacional, onde trabalhava o aprendiz de tipógrafo Machado de Assis, na época
com 19 anos. No ano seguinte, Almeida foi promovido a Segundo Oficial da
Secretaria dos Negócios da Fazenda.
Morreu
num naufrágio, junto à ilha de Santana, a 28 de novembro de 1861, quando
iniciava sua carreira política. Ironia do destino para com o irônico escritor:
O mesmo barco que o viu nascer findou com ele, pondo fim às suas carreiras.
Ficou
consagrado com um único livro: Memórias de um sargento de milícias, cuja
publicação não trazia o nome do autor.
Posteriormente, a obra foi reeditada em dois volumes (1854-1855), com
alterações na ordem dos capítulos e assinado por “Um Brasileiro”. A obra ficou
um tempo esquecida, até que mais tarde, no Modernismo, voltou a ser valorizada.
Mário de Andrade apontou-a como precursora do seu Macunaíma.
BIBLIOGRAFIA
Memórias de um
sargento de milícias
(romance: 1852-1853), Dois amores (drama lírico: 1861) e uma Tese de
doutoramento (1855), além de traduções e esparsos no Correio mercantil.
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