"Visão é a capacidade de enxergar
além do que os olhos são capazes."
Pensem nisso, rapazes!
segunda-feira, 19 de outubro de 2015
sábado, 17 de outubro de 2015
Cronos e a crônica
Cris, você pediu e atendi logo, mas está muito rudimentar e pessoal, como uma moderna crônica de jornalista , sem muitas preocupações estéticas . Pesquise um pouco mais e desculpe os erros que podem ocorrer porque não pude nem reler.
CRONOS E CRÔNICAS
Lembro-me de
um professor contar-me, há muito tempo, que os gregos diziam que antes de haver
mundo, universo, reinava sobre o nada uma divindade chamada Caos, mas que
depois veio Érebo, a noite, e em seguida Uranos e Gaia, ou seja, o céu e a
nossa mãe terra. Uranos se apaixonou por Gaia e com ela gerou vários filhos,
mas um deles, Cronos, nasceu com complexo de Édipo, foi muito antes de Freud, é
claro, e por isso mesmo não pode ser tratado e chegou ao extremo. Certo dia, ou
noite, não sei, Cronos com uma foice que passara afiando o dia inteiro, castrou
o pai que vinha cobrir sua mãe. Pegou o pênis ceifado e atirou ao mar. Incrível
o que aconteceu; o apêndice cortado ejaculou e fecundou as espumas das ondas
marítimas, de onde nasce a belíssima Afrodite, deusa do amor.
Dizem alguns
que ele daquele dia em diante passou a se unir à mãe com quem teve filhos e
filhas, mas há controvérsias, há quem diga que foi com a irmã Réia, ou seria
Géia? Sei lá, tanto faz, o importante e significativo é que ele devorava todos
os filhos que nascia. De onde podemos descobrir que Cronos é o deus que
simboliza ou encarna o tempo, tempo que esse que nos gera e nos devora. De
cronos vem cronômetro, cronologia e crônica.
A crônica é um gênero que se transformou
bastante através do tempo. Em nosso idioma, podemos dizer que ela surge para
valer, nãos com os primeiros cronicões medievais, mas com Fernão Lopes, no
período que costumamos chamar de Humanismo. Fernão Lopes faz um belo registro
dos tempos de D. Pedro I e de D. João I, empregando descrições, diálogos,
empregando uma técnica cinematográficas. É fabuloso!
segunda-feira, 12 de outubro de 2015
CEME E CORRUPÇÃO
Será que CEME é o mesmo que Farmácia Popular? Fui procurar isso e encontrei outra coisa, atirei no que vi e abati o que nem imaginei. Vejam como a corrupção vem de tempos atrás, garanto até que muito antes do que vou mostrar agora.
Pois é, veja o que encontrei na rede. Clique aqui
Segundo apuração da Polícia Federal, pelo menos dois envolvidos na Operação Vampiro, também participaram do esquema de PC Farias, homem de confiança do presidente Collor: Lourenço Rommel Peixoto (à esq.) e Jaisler Jabour de Alvarenga.
A Central de Medicamentos (CEME) foi envolvida desde o governo Collor em uma lista de crimes contra o povo brasileiro, um esquema que desviou cerca de R$ 4,4 bilhões na compra de derivados de sangue utilizados por hemofílicos.”
Pois é, veja o que encontrei na rede. Clique aqui
Se você
não quer ou não pode acessar o endereço acima, leia pelo menos o início dessa
matéria:
“A Saúde detém o segundo maior orçamento da
União, só menor que o da Previdência, que paga aposentadorias. São milhões de
reais empregados em compras de medicamentos e produtos para bancos de sangue,
motivo suficiente para que se criasse uma rede de corrupção, que existia desde
o início dos anos 90. O esquema foi descoberto somente em 2004 com a
Operação Vampiro deflagrada pela Polícia Federal através de escutas telefônicas
autorizadas. A central de corrupção montada no Ministério da Saúde controlou, entre
1999 e 2004, compras de medicamentos para os programas DST/Aids, diabetes e
hemoderivados que superaram R$ 4,4 bilhões.
Segundo apuração da Polícia Federal, pelo menos dois envolvidos na Operação Vampiro, também participaram do esquema de PC Farias, homem de confiança do presidente Collor: Lourenço Rommel Peixoto (à esq.) e Jaisler Jabour de Alvarenga.
A Central de Medicamentos (CEME) foi envolvida desde o governo Collor em uma lista de crimes contra o povo brasileiro, um esquema que desviou cerca de R$ 4,4 bilhões na compra de derivados de sangue utilizados por hemofílicos.”
quarta-feira, 7 de outubro de 2015
significado de IBIRAPUERA E GUARATINGUETÁ
Em tupi o puer indica passado e Ybirá significa árvore, então o significado do nome desse lindo parque paulistano, ao pé da letra, é a árvore que já era, que morreu, que caiu.
Em tupi, para indicar que há grande quantidade de algo, empregam ETÁ, daí o nome Paquetá para a ilha carioca (ou será fluminense?) porque lá havia muitas pacas, já na cidade paulista de Guaratinguetá, deveria existir muitos pássaros (guyrá) brancos (tinga), provavelmente porque lá deveria haver muitas garças.
Em tupi, para indicar que há grande quantidade de algo, empregam ETÁ, daí o nome Paquetá para a ilha carioca (ou será fluminense?) porque lá havia muitas pacas, já na cidade paulista de Guaratinguetá, deveria existir muitos pássaros (guyrá) brancos (tinga), provavelmente porque lá deveria haver muitas garças.
segunda-feira, 5 de outubro de 2015
Merda e amor, caralho e boas ações
QUE MERDA É ESSA?
Esse título
foi sugerido, sem querer, por minha amiga Marli, aquela que descrevi em outra
crônica como a dona das mais lindas pernas do Rio de Janeiro. Foi assim,
tentávamos ligar para ela, mas não conseguíamos. Desistimos do celular e
tentamos o fixo, tocou, tocou, e por fim caiu na secretária eletrônica que,
após os trâmites normais, deu sinal de que alguém falaria, alguns ruídos, em
seguida a voz septuagenária da nossa amiga Marli lançou essa:
- Que merda é
essa?
Depois
veio o silêncio do outro lado, quebrado apenas pelo nosso riso. Era muito
engraçado, ouvir daquela gentil senhora, tão tranquila, um protesto
escatológico inesperado. O humor é fruto da quebra de uma determinada
expectativa. Ela nem sabia que havia gravado involuntariamente essa exclamação. Estava irritada porque não conseguia entender o mecanismo de deixar gravado seu recado na secretária eletrônica.
A
propósito de quê, vem essa introdução? A propósito de algo que descobri ontem e
que me fez o pensamento hoje, às 5 da matina, acordar com essa ideia: “Caralho,
genial! Vou escrever sobre aquilo!” O aquilo, do meu pensamento, foi uma
entrevista que li num blog lusitano, muito visitado e curtido, porque o
bloguista usa palavrões. Em vez de usar termos como amor e paz, prefere
escrever merda e porra. Em vez de louvar
aspectos positivos da vida, opta por meter o cacete no que está errado, e assim
atrai o público, que provavelmente em sua maioria ou totalidade, também é e age
assim. E assim, levam a vida! E assim a vida deve continuar, principalmente com
esse reforço. Pensei, vou ser igual e diferente. Gostam de palavrão, então
tomem; vão pra puta que pariu. Está bom assim? Não? Então vão tomar no cu
publicamente. A frase assim, dita em uma reunião de professores, ouvi uma única
vez, em 1982, da boca de um discreto e elegante professor de História. Marcou,
porque ele jamais fazia isso; dizer palavrões. Sei que em certa idade da
infância ou puberdade é normal o indivíduo ter esse gosto, que volta com a
senilidade. Você se já está passando dos setenta, deve ter ouvido falar de
alguém que tem pai ou mãe vivos, sobre esse problema. Pense, não é problema, é
normal. Não dizem que na velhice voltamos à infância? Pois bem, entendo, só não
compreendo é que uma pessoa saudável, inteligente, faça isso toda a vida. Ficar
obsessivamente procurando blogs que falem de sexo e merda já se torna uma obsessão
doentia, assim como ficar sempre e apenas criticando o que há de errado no
mundo, falando de coisas negativas, de doenças, de azares e dores semelhantes. “Que
merda é essa?”
Isso
me aborreceu e deixou preocupado porque eu já fui assim, sério! Se não
estivesse criticando o governo corrupto, os patrões exploradores, os comerciantes
ladrões, coisas que todo mundo já sabia, mas fingiam me dar atenção e ouvidos
por gentileza; queixava-me da minha magreza, da garganta doendo e assim por
diante. Um dia alguém me mostrou como eu era e me chamou de hipocondríaco. Foi
uma dor imensa, marcou por vários dias, mas mudei. Não, não pense que mudei de
um dia para outro, levou muitos anos, mas hoje, meus familiares notam a
diferença. Aprendi a não ficar só me lamentando e criticando, mas fazendo
pequenas coisas que não me custam nada, ou muito pouco, e fazem bem às outras
pessoas; bem melhor do que ficar aporrinhando o ouvido delas com minhas
baboseiras. Ah! Você quer sugestões? Por exemplo, hoje ao deitar, procure
pensar, antes de adormecer, em coisas boas que você poderá praticar no dia seguinte.
Quando acordar, faça um propósito sério de não criticar, nem se lamentar, mas perdoar
e dizer coisas boas, fazer elogios e sorrir. Aqui, onde hoje vivo, é comum as
pessoas nativas cruzarem os olhos quando passam pela gente e cumprimentar: “Bom
dia!” No princípio, espantei-me, porque não era assim de onde venho, mas já me
acostumei e ando procurando os olhos alheios para antecipar-me e fazer o
cumprimento.
Sugiro
que observe à sua volta e dê lugar para que pessoas necessitadas se sentem,
ajude alguém a carregar bolsas e pacotes até o carro, ou qualquer outro meio de
condução. Um rapaz cedeu-me lugar numa longa espera em loja de telefonia
celular. Faz vários dias, mas até hoje eu agradeço mentalmente, porque estava
sentindo muita dor nas pernas e aquilo fez-me muito bem.
Outra
sugestão, se vai de carro, diminua a velocidade e faça sinal, gesto, para
alguém que quer atravessar a rua, para que passe. Pare até, se for o caso.
Tenho notado que as pessoas ficam inseguras se vai dar tempo e então demonstro
que as estou vendo e que não vou atropelá-las. Normalmente elas entendem e
passam; muitas agradecem, outras passam direto. Tenho achado lindo e divertido!
E tem feito muito bem, principalmente a mim. Porra, até me esqueci da
escatologia. Eu ia lhe dizer que se quer saber o que é escatologia, vá ao
dicionário, mas assim como facilitei a vida de quem queria atravessar a rua, facilitarei
a sua.
Não
vou usar termos de dicionário, mas informar que escatologia tem dois
significados; um é de que se refere ao gosto por termos e coisas asquerosas,
nojentas e o outro, da filosofia que indaga os fins últimos da existência.
Esta, com
certeza, foi a minha crônica mais escatológica. (Araruama 05/10/2015)
domingo, 4 de outubro de 2015
MANUEL BANDEIRA E A DÁLIA
Manuel disse que a dália
era uma flor plebeia.
Não concordo com Bandeira;
a dália pode não ser como a rosa,
não tem delicioso odor,
mas é uma flor formosa
que amo desde criança,
nos humildes jardins lá de casa
por minha mãe cultivada.
Sempre com amor e carinho.
Foi com saudade materna,
coração puro e alma terna
que plantei esta dália em meu caminho.
sexta-feira, 2 de outubro de 2015
MANUEL ANTONIO DE ALMEIDA
BIOGRAFIA de MANUEL ANTONIO DE ALMEIDA
Manuel
Antônio de Almeida, filho de portugueses pobres, nasceu no vapor “Hermes”, na
costa do Rio de Janeiro a 17 de novembro de 1831. Almeida ficou órfão de pai
aos dez anos de idade, tendo conhecido bem a pequena classe média urbana carioca
que mais tarde retrataria em seu único romance. Estudou desenho na Escola de
Belas Artes. Formou-se em medicina no ano de 1855. Para sobreviver, Almeida
desde cedo trabalhou no jornal o Correio Mercantil, ora como revisor ora
como redator. Nesse mesmo periódico, publicou as Memórias de um sargento de
milícias, de 27 de junho de 1852 a 31 de julho de 1853. Almeida não assinou
a obra, mas usou o pseudônimo “um brasileiro”. O autor ainda não tinha
completado 22 anos. Em 1858, Almeida ingressou como administrador na Tipografia
Nacional, onde trabalhava o aprendiz de tipógrafo Machado de Assis, na época
com 19 anos. No ano seguinte, Almeida foi promovido a Segundo Oficial da
Secretaria dos Negócios da Fazenda.
Morreu
num naufrágio, junto à ilha de Santana, a 28 de novembro de 1861, quando
iniciava sua carreira política. Ironia do destino para com o irônico escritor:
O mesmo barco que o viu nascer findou com ele, pondo fim às suas carreiras.
Ficou
consagrado com um único livro: Memórias de um sargento de milícias, cuja
publicação não trazia o nome do autor.
Posteriormente, a obra foi reeditada em dois volumes (1854-1855), com
alterações na ordem dos capítulos e assinado por “Um Brasileiro”. A obra ficou
um tempo esquecida, até que mais tarde, no Modernismo, voltou a ser valorizada.
Mário de Andrade apontou-a como precursora do seu Macunaíma.
BIBLIOGRAFIA
Memórias de um
sargento de milícias
(romance: 1852-1853), Dois amores (drama lírico: 1861) e uma Tese de
doutoramento (1855), além de traduções e esparsos no Correio mercantil.
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