JORGE
AMADO
Jorge
Amado de Faria nasceu a 10 de agosto de 1912, na fazenda Auricídia
(município de Itabuna Bahia). Seu pai era comerciante em Sergipe,
mas chegou a possuir terras na região do cacau (sul da Bahia). Amado
fez o curso primário em Ilhéus, onde passou a infância. Aos onze
anos, transferiu-se para Salvador com a finalidade de realizar os
estudos secundários em um colégio jesuíta, onde conheceu o padre
Cabral, pessoa de capital importância na formação do escritor
devido à sua erudição.
Em
1931 transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde posteriormente
forma-se em Direito e inicia-se na política. Foi muito significativa
sua militância na esquerda brasileira, vários de seus livros são
dedicados a Luís Carlos Prestes, líder comunista brasileiro. Além
de sua vivência nos centros urbanos, Jorge Amado viaja várias vezes
pelo interior da Bahia e Sergipe e busca sempre transpor essa
vivência e os conhecimentos aí adquiridos para sua produção
literária como em: Cacau,
Jubiabá, Mar Morto e Capitães de Areia.
Ainda
no decênio de 30, conhece a América Latina e vê seus romances
serem traduzidos para diversos idiomas. Entre 1936 e 37 ficou detido
por opor-se ao Estado Novo, esteve exilado na Argentina de 1941 a
1943. Após a II Guerra, é eleito deputado pelo PCB, mas parte em
exílio voluntário com o fechamento do partido. De 1948 a 1952 viaja
pela Europa e Ásia. De volta à pátria, dá continuidade à
produção literária, dando a esta o acento da ambientação
regional, com um estilo menos polêmico e linguagem mais elaborada.
Em 1959 é eleito para a Academia Brasileira de Letras. Faleceu em
agosto de 2001. Sua obra prima foi, sem sombra de dúvida, Os
Velhos
Marinheiros,
que contém duas excelentes novelas, dotadas de muito humor.
BIBLIOGRAFIA
Em
matéria de romances publicou: O
País do Carnaval (1931);
Cacau
(1933);
Suor
(1934);
Jubiabá (1935);
Mar Morto (1936);
Capitães da Areia (1937);
Terras do Sem-Fim
(1942);
São Jorge dos Ilhéus (1944);
Seara Vermelha (1946);
Os Subterrâneos da Liberdade
(1952);
Gabriela, Cravo e Canela (1958);
Os Velhos Marinheiros (1961);
Os Pastores da noite (1964);
Dona flor e seus dois Maridos (1966);
Tenda dos Milagres (1969);
Teresa Batista Cansada de Guerra (1972);
Tieta do Agreste (1977),
Descoberta
da América pelos turcos,
além de teatro e poesia.
Para mim, sua melhor realização são as duas novelas que formam Velhos Marinheiros, que gravaram fundo em mim o Vasco Moscoso Aragão e o incrível Quincas Berro D'água. Inesquecíveis personagens, muito bem construídos. O seu último livro, Descoberta da América pelos turcos, agradou-me imensamente, embora não veja na obra uma grande construção artística. Mesmo assim, é um livro leve e agradável que sempre recomendo aos meus amigos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário