AMOR É...
O amor é ferida que dói e não se sente,
Dizia o velho poeta, abrindo porta decente
Para quem quisesse definir tal sentimento.
O amor, para mim, é como um rio,
Corre sempre
Esteja quente ou faça frio,
Mas há um tipo de amor
Que se parece mais com o mar;
Grande, forte, poderoso,
Ora calmo, ora violento,
Pode até mesmo sufocar.
Já vi, também, um outro tipo de amor
Que se parece com a brisa;
Vem suave, pura carícia,
Muita paz e alegria,
Envolto em riso que alisa,
Dá calma no sofrimento,
Ajuda a crescer, a subir.
Cuidado porém, com o amor
Que se parece com vento;
Muita fala e promessa,
Muito canto e lamento,
Mas o que é bom de verdade
Ele deixa para o futuro
E quando você se dá conta,
Vê que está só e no escuro.
Também
encontrei na vida
Um tipo raro de amor
Que chega e se instala como musgo,
Não se anuncia, não avisa,
Cai como leve semente
Gruda na pele como tatuagem
– assim dizia o trovador urbano –
Caminha sempre lado a lado,
Parece mais amizade,
E na hora da procela, sufoco,
Dor, maremoto, é que agente vê
Quanto vale esse tipo simples de amor.
Ele é dor que não embriaga
É como ave voando, tranquila
Como a Nina e o Fernando.
E de repente, não mais que de repente,
Sem como e nem porquê
Vira esse amor que agora vejo
Que há entre mim e você.
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