O movimento poético denominado Concretismo foi desenvolvido no Brasil pelo trio Décio Pignatari, Augusto de Campos e seu irmão Haroldo de Campos, a quem tive oportunidade de conhecer em um rápido encontro no Curso Anglo, na unidade Tamandaré. Eles pregavam o fim do antigo conceito de verso, substituindo-o pelo aproveitamento do espaço em branco do papel como parte integrande do poema. Precursores dessa postura podem ser encontrados na poesia brasileira: Gregório de Matos, Oswald de Andrade; e portuguesa: Almeida Garrett e na poesia internacional: William Blake. Faz parte da pesquisa formal dos poetas concretos a atomização da palavra e a possibilidade de diversificar a direção da leitura em vez da antiga forma que nos leva a ler somente da esquerda para a direita e de cima para baixo. Veja dois exemplos:
QUIS
MUDAR TUDO
MUDEI TUDO
AGORAPÓSTUDO
EXTUDO
MUDO
Poema de Augusto de Campos intitulado "Pós-Tudo". Compare com este outro, do mesmo autor, intitulado "Renovar", que foi construído a partir de "Make it New" (Confùcio - Ezra Pound) que não tenho como colocar aqui por ter sido construído com 4 ideogramas. Tentei escanear e enviar a imagem, mas houve mudança nos processos do Blog e não me possibilita fazê-lo.
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